segunda-feira, 19 de julho de 2010

Transparências

Nem sempre tenho amor em meus olhos.
Por isto hoje não posso olhar nas cores dos teus,
Pois os meus estão negros, mortos e perdidos.
Nem sempre tenho doçura na minha boca.
Por isto hoje não posso te dizer palavras,
Pois minhas palavras estão mais amargas que o fel.
Nem sempre tenho carinho em minhas mãos.
Por isto hoje não posso te tocar com estas mãos ásperas e geladas.
Nem sempre tenho calor em meus abraços.
Por isso hoje não posso te envolver com este coração seco e petrificado.
Eu queria ser amor, ser doçura, ser carinho, ternura.
Mas às vezes sou invadido pelo medo, insegurança, arrogância.
Eu tenho um monte de nobres sentimentos que embelezam meu coração.
Mas tenho um monte de fraquezas que me impede de vivê-los.
Nesta vida já aprendi que sou falho.
Nesta vida já aprendi que os outros também falham.
Também já aprendi que errar é humano.
Nesta vida aprendi que eu sou humano.
Eu queria não parar de errar,
Mas não ferir quem eu amo com meus erros,
Não trazer dor ao peito de quem mora no meu peito.
No lado esquerdo do peito,
Nos jardins de meu coração.
Vocês que enchem o meu outono de primavera!
São vocês, pessoas que tanto amo quem trazem flores ao meu jardim.
Trazem calor ao meu sol;
Dão cor ao azul de meu céu;
Trazem brilho às estrelas de meu mundo.
São quem trazem força ao chão que eu piso.
E concretização às núvens que ando.
Vocês fazem meu relógio retrocederem as horas.
Dão cores à vida!
Dão emoção às minhas histórias,
Na verdade são os próprios personagens de minha história.
Vocês colorem o preto e branco de minha vida.
E eu só queria trazer um pouquinho mais de cor à de vocês.
Trazer um pouquinho mais de azul, um pouquinho do verde, do lilás...
Queria aprender à fazer de graça, sem cobrar nada,
Só por que vocês trazem graça à minha vida
E sem ela, não valeria muito à pena.
Hoje pra vocês eu não queria ser super-herói, Super Homem,
Mas Clark Kent, frágil, vulnerável, comum.
Ser eu, ser menino, ser homem, ser pra vocês!

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