segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Bom morning, Sônia

The som que in Sônia ouvia era os turbulentos acasos de my conections.
Quando gritou quatro horas da manhã, senti meu motor movido à inoportunas indiscrições acionar minhas pain. Entre SNZ ao clássico de George Brenson, fui me testificando de que nothing's gonna change my love for you. I lost myself.
Vi o sol nascer, acordar, e intensificar os pássaros que cantavam desafinos de graves troubles in my mind. I cried!
Eu queria sentir meu coração holding me now... Touching my body.
O lençol aqueceu o peito quente congelado e a canção me fez sorrir. Por alguns segundos senti a magia daquelas sinfonia changing something in meu quarto escuro, agora iluminado pelas seis horas e dois minutos. Bom morning!

domingo, 27 de novembro de 2011

10 centímetros e muito desprazer

10 centímetros de puro desprazer
contagem até 10 para não me despedir
1 história de ironia, piedade
1 doação filantrópica do doador por dó
sem dor, nem espasmos
1 hora e 10 da madrugada
30 minutos de conversa tola
1 minuto de descontração
não, não houve contração
não precisou de uma só dramaticidade
8 centímetros de vazio frio
2 bolebas de brinde
míseros agrados de criança de 3 anos
1 1/2 sorriso de ingratidão
3 horas para um banho reanimador
1 noite inteira de frigidez
e uma vida pra parar de rir ou chorar

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Pela Janela


Em ensaios de resiliências ela descreve suas dores, canta seus medos e debocha de seus amores. Elizabeth, não é mulher comum, tampouco um mito ou exemplo a ser seguido. Não é uma heroína mitológica. Elizabeth é toda a complexidade que constitui o ser humano e te fará rir e chorar... de si mesmo.

Nesta narrativa-performática o ator e poeta fidelense, junto com a direção sensível de Christine Valença, conversa sobre a linda história da menina-mulher Elizabeth. Há quem logo pergunta se trata-se de uma comédia, linguagem característica do ator, mas ele imediatamente responte: "é uma história de vida, assim sendo, tem risos, gargalhadas, histerias, mas também choro, ódio, trama, e é claro, muitas surpresas..."

PELA JANELA: sábado, 10 de dezembro, às 20h no Cine Teatro Jayme Coelho, na cidade de São Fidélis. Ingressos antecipados e limitados na Sete Farma (Av 7 de setembro). Por apenas R$10,oo

Direção e Dramaturgia: Christine Valença e Valdemy Braga
Produção: Kamyli Sota e Juan Fonseca
Arte: Rafael Bressan
Administração teatro: Celson Sousa Santos
Colaboração: Gabriela Bonomo
Produção Executiva: Valdemy Braga

NÃO PERCAM!

APOIO: Sete Farma, Verros Kodak, Hotel Leican, QSP Fórmulas, CCAA, ENA- Escola Nuvem de Algodão, Odontomedicalcenter Clínica Especializada, Pizzaria Luan, Liquigás- Celsinho Dutra, Pizzaria Massa & Cia, Pipoca da Tia Ângela, Simião Vidraçaria e Supermercado Robertão.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Bons sonos

Ele chegou aqui em casa
tomou uns dois copos de cervejas
Fumou um cigarro mentolado
Se irritou com o cheiro do eucalipto no banheiro
Pediu que passasse um café, bem forte
forçou a barra
e deu um sorriso
quebrou a barreira
e gargalhou
voltou-se para si
e me deixou com um sorriso pela metade, mal dito
meteu uma pausa entre a falta de dialogo
e pôs três colheradas de açúcar no café
achou doce demais
e jogou fora
desistiu do café voltou para o fermentado gelado
gelou mais uma vez a comunicação solitária
soltou uns bocejos que estavam perdidos
quando pensei que ouviria outras palavras
estranhamente o vi dormi desajeitado, menino, criança
eu o tapei
com tapas em minha face chorei calada
me deitei em minha cama vazia
lotada de sentimentos insônios
esperei por bons sonos

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Açougue

Um amor de dentro pra fora
Este é o anseio descontrolado de meu peito
Que quando escuta tua voz eu tem vontade de se apaixonar
Tenho o ímpeto de escalar as nuvens gasosas
Um amor sem eira nem beira
Que canto no canto se sala de castigo
Eu queria percorrer as estradas que caminham pra ti
Sem habilitação, queria aprender de mim
Eu vou desconsertar as escadas que te emaculam
Quero qualquer coisa assim sobre você
Das espinhas, das costelas, das vértebras, dos ossos
Já que a carne tua vaidade já saboreou

domingo, 20 de novembro de 2011

Sorte

Só eu sei
O que não sei
O que não sou
O que não serei
Sem ter a sorte
De ser solto
Ser louco
Ser sido salvo
De teu sabor

sábado, 19 de novembro de 2011

História Insana: Se joga

Você não tem que saber da vida o mundo
Não tem que saber do mundo as visões
Deixa o fluxo fluir, o rio dançar, o vento enlouquecer
Você não tem que saber das cores as porções
Não tem que saber das porções os segredos
Deixa a história fluir, o riso desenhar, o tempo se escrever
Você não tem saber do futuro as certezas
Não tem que saber das certezas as dores
Deixa o grito sair, o medo se jogar, o invento surpreender
Você não tem que saber das paixões os amores
Não tem que saber dos amores os ciúmes
Deixa de deixar as gargalhadas
Enfim, deixa de deixar de viver
Se joga

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Eu dancei com Jesus

As palavras que ele foi pronunciando foram aos poucos acalmando aqueles espasmos que me entorpecia a mente. Ele tinha o dom das palavras doce e que em meu peito produziam vida. Era uma voz semelhante à muitos rios, uma avalanche de sentimentalidades de amor, diferente de todos os outros amores que já havia experimentado, ou que já me experimentaram.
Ele atraia pra junto de si, me seduzia com raios de sol e de repente um relâmpago escreveu meu nome no céu. Eu soube que era sonho, até que choveu e um banho de água fria aqueceu meu peito e eu cri novamente em mim, no instante que cria em si. Eu dancei. Eu dancei. Dancei com Jesus.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Trepadeiras

Trepo santo
Trepo o santo
Trepo e canto sem parar

Trepo sério
Trepo quieto
Trepo esperto sem pensar

Trepo a planta trepadeira
Trepo a tia e a vovó

Trepo e fujo
Trepo e mostro
E me estrepo sem tremor

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Amores novos platônicos

Não era paixão, afinal ninguém pode se banhar no mesmo rio ao mesmo tempo, mas eu sabia que no fundo de meus olhos o que eu escondia era um fogo diferente revelado em desculpas profissionais.
O que o meu corpo desejava era ser escrevinhado por seu grafite 0,7 milímetro e então naquele A4 em branco debruçar minhas sombras pecaminosas.
Que vontade insaciável eu tinha de morder aqueles lábios vermelhos aveludados. Que vontade eu tinha de me inundar naquelas salivas gosto de laranja gelada, eu queria me refrescar naquelas minúsculas e sensíveis vitaminas e não ser curado deste vírus que me aquece centígrados mil. Que vontade eu tenho!
Eu via em seus olhos a mesma reciprocidade ardente, eu via através de suas lentes a cegueira que o mesmo tinha de suas insinuação. Eu me fazia de besta! Fingia não ler o óbvio, fingia não enxergar os risos. Fingia fugir de si. Fingia fingir pra mim e me preocupava com a próxima desculpa que sem desculpas criaria para trazer pra mim o mais novo platônico amor.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Teu coração como prato principal

Depois de generosas doses de caipirinha ela começou a desafogar suas mágoas e revelar sua dor.
Era uma mulher jovem, aparentemente uns trinta anos, desculpe-me a indelicadeza de revelá-la a idade, mas penso ser importante saber quantas primaveras antecederam aquele inverno frio que a perturbava mesmo num verão escaldante num país tropical.
A tudo eu avistava da mesa ao lado. Parecia inquieta, sufocada por seus próprios cachos que cobriam-lhe o rosto meigo, branco, salpicado com algumas sardas, sensuais sardas de sol. À princípio pensei que se tratava de uma espera, um compromisso que por alguns constrangedor motivo se encontrava atrasado, muito atrasado, mas seu corpo comunicava ao longo do tempo que sofria por na verdade não esperar alguém.
Deus dó de ver moça tão linda no abandono de uns goles de bebidas, mas logo me lembrei da filosofia de minha irmã mais nova: tem muito pouco homem no mercado, e homem, homem de verdade é um produto em quase extinção. Confesso que um enorme sentimento de lhe ser um gentil cavalheiro me roubou o sossego por alguns minutos, ela era linda, porém quando um palma a bunda da cadeira levantei para em sua direção dirigir toda minha parcela de participação nos quase extintos machos existente. Meu deus, falo como se criado em cativeiro eu fosse, se bem, que foi assim que me sentir nos minutos antecedentes, um grande bicho-homem enclausurado em seu ser e medo. Mais uma vez minha irmã acertou: homem tem medo de mulher.
Mas ela não se deteve, e num rompante só de coragem depositou nos ouvidos do garçom todas as suas lamúrias e descontentamento. Fora traída, enganada e abandonada por disse ter dedicado o seu amor e escutado juras de eterna paixão. Num dado momento gritou em voz estridente preferir a morte à possibilidade de escrever os seus dias sem tal infinito amor. Resmungou: eu o amei muito que um dia pensei que poderia amar à mim.
Eu apenas pude ouvir, calado, indefeso, sentia sua aflição tanto quanto sofria com os dias de final de campeonato de futebol. Imaginava que realmente deveria ser a maior dor do mundo, como em final de campeonato não ter uma cerveja gelada na geladeira. Eu podia sentir seu descontentamento. Mas quem mandou amar?
Depois de passados três minutos do início do choro, juro que já comecei a me irritar. Por que mulheres choram tanto. Levam uma vida para se maquiarem, mas se destroem em segundos por tão pouco. Deveriam fazer valer a minha espera.
Bem, como um bom e exume garçom, ele ficou com ouvidos servidos pra tanto derramar de lágrimas. Ela foi se acalmando e logo pediu que a servisse algo para comer. Pediu o melhor da casa. Estava faminta, bêbada, realmente precisava se recuperar. Ele foi ligeiro, doce e categórico, a serviu o seu próprio coração como prato principal. Ela não entendeu a analogia e audácia de lhe servir uma iguaria de qual era dona. E se enfureceu com o mesmo pobre homem que a sustentou carinho e cordialidades.
Gritou enfurecidamente: Se eu quisesse comer o meu coração eu o assaria em casa e o engolia inteiro. Era uma mulher fora de si em meio a tantos choros e ranger de dentes, e prosseguiu o malgrado: Se tivesse pelo menos me servido os rins daquele maldito que a este coração destruiu... Tenho vergonha de todo este amor que o compartilhei sozinha. É bem, sabido que nesta hora houve mais choro, muito mais choros. Mas, gentilmente ele sorriu e poucas palavras soletrou: coma com prazer e sabor inigualável, senhora, e sinta-o pulsar inocente dentro você. Coma e tenha amor por ti.
Bem, eu? Neste momento eu... quase chorei, mas não chorei.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Inevitável quando ha paixão

Jardim sem flores
Flores sem jasmim
Jasmim sem cores
Cores sem carmim

Sem tom, sem dom
sem calor ou paz
Jardim sem cores
São jardins reais

Pra mim são dores
Dores são sem mim
Sem mim não fores
Fores sem o afim

Sem som, sem com
Sem amor ou voz
Pra mim as dores
O amor em nós

domingo, 13 de novembro de 2011

Esquecer

Já não sei separar o que são apenas marcas ou que foi só ilusão
Não sei separar o que foi apenas fatos do que foi coração
Não sei separar o que foram fotos do que foi talvez
Não sei separar o que foi que não foi do que fiz você
Não sei separar você me mim
Teu cheiro de minha pele
Teu nome de meus papos mais descontraídos
Teu gosto de meu paladar
Tua toalha de meu guarda-roupa
Você em minha minha rima pobre
O blasé do foda-se
A raiva do descontentamento
Não sei separar o caos do universo
Não separar-me do chão, do ar
Não sei separar dez de ilusão
Não sei separar as sílabas que constituem: Esquecer

sábado, 12 de novembro de 2011

Valdemypolitano

Eu não vou ficar a mercê dos julgamentos que me qualificam como um pirralho imaturo que nem mesmo se limpar ainda sabe. Não vou permitir intrusos interpretarem meu mundo que apenas eu habito. Não será construído em mim nações predadoras e exploradoras. Não vou.
Hoje transitei entre a dor e a alegria de reencontrar a beleza que me desbota o riso. Hoje vi pássaros verdes colorirem meu céu de esperança que em sua tumba descansava enfraquecida. Hoje eu vi você, como um céu azulado escuro abraçado por brancas nuvens que te aquecem o peito. Vi em teus olhos um sol florescer em minhas entranhas e desabrochar antigos botões de sentimentalidades. Louvado seja o santo que em seu escapulário estendia pra mim o perfume de teu corpo, ele servia como em santa ceia o teu sangue perfumado por águas florais, aquáticas e frescas, me inspirando liberdade, juventude e desequilíbrio por amor pela vida. A fragrância que nunca me esqueci, nunca confundi, nunca abandonei. Teu cheiro era em minha solidão o Cristo que na curvatura de tua coluna vertebral eu vi sacrificar o seu amor. Apenas por amar você!
Eu poderia conferir aos astros ou magos o discernir de minhas dores, mas somente você num sorriso de repente me descobriria as flores. Posso jurar o ódio, mas reconheço no meu pavor e indiferença toda natureza que em meu peito rumina vida por você. Posso jurar em nome dos deuses ou dos anciões, mas quando eu falar em minha língua verá em ti o amor mais lindo ressoar outra vez.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Um amor proporcional aos músculos I

Um rapaz jovem, de menos que vinte anos, alto, loiro, olhos claros, musculoso e másculo. O tipo homem nobre da Zona Sul carioca. Típico desejado por muitas mulheres. Um real cafajeste e canalha, um romântico enrustido em pele de lobo.
Nossa conversa começou como uma simples troca de vantagens sobre o universo feminino, conquistas, defraudações e seduções, conduzidas num jogo desigual e subumano, terminando em grandes confidências de fraqueza, medo e paixões.
Por detrás de todo grande homem, existe um enorme amor enclausurado. Seja pela sociedade, sexualidade ou gênero, ou pelo ego que se infra em bombeamentos sanguíneos em cilindros sociais. O homem pensa com a cabeça que conduz o seu prazer. Verdade?
Me senti maravilhado vendo que em seus olhos as mais bem-estabelecidas normas de condutas masculinas estavam sendo destruídas em cada rompante de curiosidade e desvendar de seus medos. Ele era velho de mais pra despojar de seus preconceitos, ou mesmo conceitos sobre o mundo,já era homem o menino demais para chorar ou ensaiar radicais mudanças, o jeito era se afinar com o medo e dançar conforme a dança.
Chegou ser engraçado quando ele me disse que o que procurava era qualquer coisa além de um jogo, eu ri. Sim, eu ri, pois bem sabíamos que todos vivíamos um jogo social de sedução e investidas, neste jogo ganha quem joga melhor e ele sabia que arma usar e fazia propaganda de ser craque no manuseio, sem pudor, sem vergonha e com prazer. Minhas bochechas rosaram. Imaginem, eu fiquei acanhado de ouvir sórdidos comentários, mas prossegui perguntando: Onde quer chegar? Mas uma vez ele foi direto: O que ela quer de mim? Eu franzi a testa, já que não consigo levantar uma sobrancelha e abaixar a outra e indaguei: Ela quem?
Tive que voltar um pouco no procedimento da conversa, ele já havia mencionado uma garota que havia ficado semanas passadas e que segundo ele, saqueou o seu coração. Verdade, este homenzarrão estava de quatro, apaixonado...
Querem saber como procedeu a história? Esperem pelo nosso próximo café de segunda-feira...

[CONTINUA]

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Ah, manda você via sedex

Ela é aquela moleca que usa chá de erva doce pra curar dor de amor
Faz frase meia-dita e já desenha a sua história
Usa sorrisos educados em estampados blasé
Só ama quem conhece a nobreza de ter estilo de se conhecer
Soletrar o seu nome me faz roubá-la pra onde estou
Ah, manda aquele beijinho pra mim molhado de gloss
Ah, manda aquele abraço gostoso que só pra nós
O mundo parou pra ouvir valer loucuras sem demora
Vem, só eu e você em nós
Risadas, tonteiras e contos furados deslaça sempre
Camisa, par de meias, um terno antigo aperta e rejuvenesce
Não importam a costura ou a marca fina para si, tem sua própria grife
Se veste de finos declínios de ousadias sem fim
Roupa velha de brechó pra alinhar o esqueleto fashion
Moda sem modos nas ruas afrontando o perfeito
Guarda-roura sem reservas revirando o seu viver desarrumado
É linda, louca, é tudo nela e só
Ah, manda estes risos entre os ombros tomar no cu
Ah, manda este rio vazio ficar mais perto de Bauru
Ou vem pra cá pro teu preto, eu
Chá e biscoito com carinho e então o céu pra nós
Ah, manda você via sedex pra mim
Ah, manda você o que quer de mim

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Pedidos perdidos

Eu não te pedi pra ser eu
Tampouco pra viver de mim
Na verdade te pedi apenas você
De começo, meio e fim
Não fala nada, silêncio
Dê-me um tempo pra digerir o caos
Por favor, a paz
Afaste-se, mas ainda não se vá
Eu quero você, você
Mas onde você se perdeu de mim
Deixa tudo assim como está
Sem maquiagens, sem as tinturas de cabelos
Sem o esmalte nas unhas curtas
Deixa o seu cheiro te perfumar
Por mim
Eu não me importo com as rugas
Sei que são por elas que escorrem suas lágrimas
São por elas que escorrem teu excesso de amor
Por mim
Eu confio em teu amor
Confio no meu peito
Apenas desconfio do mar que apaga o teu nome nas areias finas
Não, não diga nada, meu amor
Apenas ouça o que nunca te direi em palavras
Leia os meus olhos nos clichés das rimas
Leia as minhas saudades, minhas mentiras, meus motivos
Veja, meu bem, o sol saiu para nós dois
Veio trazer às minhas juras um brilho real
Pois na realidade minha realeza são sonhos
Que em noite e dia se completam à sós
Mentiras e juras se formulam em nosso corpo sem descanso
Eu não te clamei por verdades
Nem clavei mentiras em teu peito
Despeitado menti os sentimentos
Racionalizei os risos
Rabisquei os calafrios meninos
Na verdade nem sei o que pedi pra mim
Na mentira de mim te perdi no sei
Por mim

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Ela e o seu namorado ela

Ela sabia que tinha um certo estranho dom nas escolhas de seus namorados, tinha a dádiva do dedo podre. Não sabia escolher e desta vez fez diferente escolha, optou por ter ao seu lado uma gazela saltitante, ou melhor, uma quase mulher. Se é que pode-se dizer assim, pois ele aos meus olhos parecia ser tão quanto ou mais mulher que ela.

Sem tempo pra tempo perder

Você tem em mim o mesmo valor de teu desprezo e indiferença.
Você tem em mim a vida que sacrificou pela liberdade de viver e ser você em suas ingênuas práticas de egoísmo.
E quem nunca na vida parou para se perguntar o por que de apaixonado de estar por quem nem calor nos olhos tem por si? Muitas vezes critiquei e impliquei o meu amor em minhas indagações, mas hoje ensaio saliente e orgânico a pauta de saber que paixão, ao até mesmo amor é um artifício a mercê do tempo que urge e ruge ao seu tempo de masturbação. O tempo não pára para ouvir minha voz e clamor em prantos de choros, o tempo não avança para amenizar minha dor, o tempo não dá tempo pra nós. O tempo nos rouba em seu tempo, sem tempo para perder. É nesse tempo que vivemos solitários.
É sempre assim, somos traídos por nós mesmos e nossas expectativas e culpamos o outro por defraudado nos ter, mas espere um momento, quem é o próximo para ordenar as minhas emoções? Não posso crer que viverei algumas poucas dezenas de ano na diretriz de uma sensação ou outra. E ainda há os que dizem: Foi Deus quem mandou ou te sonhou pra mim.
Não, este último comentário chega até ser engraçado! Deus está tão recalcado por sua paixão por nós que se refaz em prazer sexual nas madrugadas de seu sonho conosco, meros mortais. Deus e o Diabo, realmente não devem ter nada de interessante para farem. O ser humano e seu umbigo são os seus maiores gozos e satisfações.
Pelo amor de Deus! Pelo amor de Deus por ele mesmo. Muita audácia em pensar que as duas maiores forças do universo não tenha mais nada pra fazer e criar que não gire em torno de nosso baricentro. Será que não há no céu uma anja linda ou no inferno uma quenga fogosa para os distrair? Se bem, que acho que Deus preferiria a quenga, ele tem cara de gostar de diversões maiores. (Risos)
Mas voltando ao eixo da questão, eu sei que jurei que você seria o grande amor de minha vida, e foi. Até o dia que descobri que ainda podia respirar e se eu respiro, sempre um grande amor pode acontecer e me surpreender. Sem menosprezos ou recalques, na mente eu até carrego um cemitério de emoções, mas no corpo nem minhas paixões são tatuadas e digamos que você tenha sido uma marca que cicatrizou sem graves rememorar. O que passou passou em e seu tempo e se me der um tempo, preciso ir, não tempo pra tempo perder.

domingo, 6 de novembro de 2011

História Insana: Em meu peito. Em meu túmulo.

Eu escrevo isso numa língua que sei que você não sabe ler. Escrevo numa língua que domino. Escrevo assim porque sei que também que você nunca irá ler isto. Escrevo porque sinto que você não vai mais voltar. Escrevo porque nos perdemos. Por que te perdi. Por que você se perdeu de mim. Não sei mais onde você está no mundo. Te procuro, com vergonha, e não te acho. Dou meu jeito para que você saiba de mim. Mas eu não sei de você. Não era assim que eu sentia antes. Será que sempre foi assim e eu não vi? Será que minhas prioridades mudaram na vida? Eu te amo. Eu amo aquela pessoa que eu conheci e que perdi. Eu amo quem eu voltei a ver e não tive. Eu amo e por isto não insisti para que você permanecesse aqui, em mim. Não sei se voltarei, a vê-lo, não importa agora. Não tenho mais esperança nisto, corro longe de te encontrar. Corro para onde acho que você não está. Tenho tanto medo do que vou sentir se te ver de novo . Tenho medo de te encontrar com outra pessoa, outro amor, outro eu e então ter que em mim admitir que você ainda é em mim você. O tempo passa, a vida anda, mas o coração anda mais lento que o mundo que o cerca em multidões vazias. O coração é analógico, ancestral e gosta de reviver os momentos de épocas de ouro sentimentais. É um distúrbio dessincronizado em mim. No meu corpo já tem tempo que não te tenho, pode ser que o meu coração seja vencido por ele. Pode ser que o meu coração se descompasse e se atrapalhe em seu ritmo natural e só cante teu nome em afinações chorosas. Mas ainda não. Não consigo deixar ser tocada. Ainda dói. O toque, qualquer toque, qualquer suspiro profundo ou olhar impetuoso faz o meu coração chorar. Ah, na verdade, já nem choro. As lágrimas secaram em minha dor que brota como manancial de oceanos vivos. Eu choro com dor fina e contínua, é falta de você. Fina e aguda, que está se acabando. Eu sei disso. Sei que logo vou te esquecer no corpo e relembrar em lapsos no coração. A dor de não te ter será substituída por lembranças e só. Só. Não quero as dores do desejo de sair de casa à procura de teu cheiro e voltar cabisbaixa e queixo enterrado no peito. Quero você, enterrado em mim e te procurar em minhas dores que relembram cores. Sairei de mim mesma e em meu peito depositarei flores pra você.

Igreja de Cristo? Um amor que morre e não ressuscita

Com sobriedade e tristeza que esboço no negro destes caracteres a dor que povoa o meu peito e mente nesta manhã de domingo. Isto, neste domingo, o dia em que, como cristãos, comemoramos a ressurreição de Cristo Jesus. Lembrança remota de amor!
Não quero fazer do INSANIDADES DE VALDEMY uma válvula de escape de meus refluxos, mas quero me apresentar aos meus Insanos e Insanas sem a máscara da proteção da arte e magia cênica e expor minha humano-frustração com o rumo que tem tomado a Igreja de Cristo em nosso cotidiano.
Me sinto, sim, na tranquilidade em falar sobre isto, eu vivi, vivo e minha escolha constante é por Cristo, mas afirmo meu repúdio, abominação e discrepâncias por religiosidades! O que creio é num cristianismo revelado no amor de Cristo de vir ao mundo e viver como homem, apenas para me ensinar e motivar a ser capaz.
Como muitos sabem, cresci num lar evangélico e neste universo religioso me dediquei ao ponto de dedicar aproximados três anos de minha vida para viver integralmente no exercício deste ministério, mas eventualidade aconteceram e novos rumos a vida traçou, mas os mesmos não rabiscaram a imagem que tenho de Deus, tampouco minha conduta em relação ao meu credo, mas confesso que me vi liberto da cosmovisão e paradigma que fui como cavalo adestrado ensinado por lideranças, das quais até me orgulho e expresso gratidão, por bem ou por mal elas contribuíram para eu ser quem sou hoje, e como eu já disse certa vez, me deram alguns limões azedos na vida, mas minha escolha seria de as mesmas oferecer uma deliciosa e gelada limonada em dias quentes e infernais. Eu aprendi com a vida e com minhas perdas, dentre elas a perda de meu pai, a conhecer à Deus por mim mesmo. Foi ele quem absorveu, absorve e carrega minha dores e medos. É a Deus que presto culto e louvor, na prática de uma adoraçao como estilo de vida, meu pessoal e fashion estilho de vida que só comporta à mim como Valdemy. Vocês não poderiam, ou ao menos conseguiria viver minha vida em meu lugar. No palco da vida a arte é diferente. Não tomo seus paradigmas e moldes como estatutos de auto-julgamento, nem para julgar o meu próximo, pois a eles devo amor.
Eu sei que não preciso me auto-afirmar em minhas escolhas de vida, mas me doe saber que em pleno século XXI, com todas suas dores e abusos, fome, corrupção, existam pessoas que se importam com um par de taças de vinho ou risos entre amigos que não professem minha fé. Eu me embriago do vinho. E não me embriago do sangue dos sonhos e vida de meus irmãos. Quem nunca cometeu pecado que atire a primeira pedra. Quem?
A Bíblia Sagrada no livro de Jó, capítulo 9 verso 14, nos diz que há esperança para árvore que ainda cortada, seca, morta, aos cheiros das águas brotará, como planta nova florescerá em ramos novos e frutos que vivem e multiplicam-se. Ainda á esperança e vida pra mim e para o Cristianismo. Louvado seja teu nome, Deus!
Não entendo, a Bíblia também denomina como bom pastor aquele que dá a sua vida por suas ovelhas, mas o que vejo é pastor ordenando ovelhas numa ligação via celular oferecer a outra perdida no aprisco a exclusão da própria vida. E ninguém tem mais amor do que dar sua própria vida por seus amigos. E eles oferecem a morte e ruptura. Brasa separada consegue sustentar o fogo? Não. Melhor sermos dois a sermos um?
Eu não julgo, apenas não entendo, como criança inocente que precisa do colo do pai. Acho que estamos trocando o coração pelo egocentrismo do umbigo. Talvez eu deveria neste instante, dar um foda-se, mas seria mais um pecado à me importar, o falar de palavras torpes. As palavras torpes são, de fato, mais ásperas e pecaminosas que as palavras que semeiam morte, julgamento e condenação.
O seus preconceitos e julgamentos não me trazem vida, mas confesso que as águas de tuas lágrimas em oração honesta por minha vida me tangeriam o coração e no meu espírito produziria vida.
E eu ainda me culpo, por ver em mim a morte de um amor que outrora senti e escolhi por vocês, meus irmãos. Irmãos? Sonoridade estranha. Eu já não sei orar por eles, Deus. Perdoe-me.
Perdoe-no, Pai, eles ainda não aprenderam, não sabem o que fazem.

Carta vermelha

Um amor quando se é simples em si mesmo é necessário ter muito mais que belas mágoas para riscar suas cores. Na realidade um amor quando é simples em si mesmo se faz desnecessário das cores que colorem o brilho ou enfeitam os ais. Amor quando é amor verdadeiro se refaz das dores, nos choros e lástimas.
Claro que não ensaio masoquismos em minhas declarações, apenas trago os eixos que suplantaram minhas foto-realidades por ti. Eu que te amei no inverno e verão, no rancor e na paixão, no amor e nas saudades. Eu que simplesmente fui estúpido.
Seria estúpido, sim, negar os sangues que derramei por você, seria estúpido dizer que não foi por estas mesmas sentimentalidades que me fariam sangrar mais uma vez, que chorei flores. Afff, pois como uma vez eu disse: te amo com um amor incondicional, um amor unilateral, um amor que simplesmente amo viver. Por que tanto amor para uma única pessoa?
Eu queria uma dose a menos deste amor que me embriaga, queria uma dose a menos de teu ópio que me desnorteia, queria teu sul, meu chão, pois neste jogo já risquei e rabisquei minha carta branca, ficou-me então a vermelha e não era vermelho de paixão.