sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Um amor proporcional aos músculos I

Um rapaz jovem, de menos que vinte anos, alto, loiro, olhos claros, musculoso e másculo. O tipo homem nobre da Zona Sul carioca. Típico desejado por muitas mulheres. Um real cafajeste e canalha, um romântico enrustido em pele de lobo.
Nossa conversa começou como uma simples troca de vantagens sobre o universo feminino, conquistas, defraudações e seduções, conduzidas num jogo desigual e subumano, terminando em grandes confidências de fraqueza, medo e paixões.
Por detrás de todo grande homem, existe um enorme amor enclausurado. Seja pela sociedade, sexualidade ou gênero, ou pelo ego que se infra em bombeamentos sanguíneos em cilindros sociais. O homem pensa com a cabeça que conduz o seu prazer. Verdade?
Me senti maravilhado vendo que em seus olhos as mais bem-estabelecidas normas de condutas masculinas estavam sendo destruídas em cada rompante de curiosidade e desvendar de seus medos. Ele era velho de mais pra despojar de seus preconceitos, ou mesmo conceitos sobre o mundo,já era homem o menino demais para chorar ou ensaiar radicais mudanças, o jeito era se afinar com o medo e dançar conforme a dança.
Chegou ser engraçado quando ele me disse que o que procurava era qualquer coisa além de um jogo, eu ri. Sim, eu ri, pois bem sabíamos que todos vivíamos um jogo social de sedução e investidas, neste jogo ganha quem joga melhor e ele sabia que arma usar e fazia propaganda de ser craque no manuseio, sem pudor, sem vergonha e com prazer. Minhas bochechas rosaram. Imaginem, eu fiquei acanhado de ouvir sórdidos comentários, mas prossegui perguntando: Onde quer chegar? Mas uma vez ele foi direto: O que ela quer de mim? Eu franzi a testa, já que não consigo levantar uma sobrancelha e abaixar a outra e indaguei: Ela quem?
Tive que voltar um pouco no procedimento da conversa, ele já havia mencionado uma garota que havia ficado semanas passadas e que segundo ele, saqueou o seu coração. Verdade, este homenzarrão estava de quatro, apaixonado...
Querem saber como procedeu a história? Esperem pelo nosso próximo café de segunda-feira...

[CONTINUA]

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