sábado, 12 de novembro de 2011

Valdemypolitano

Eu não vou ficar a mercê dos julgamentos que me qualificam como um pirralho imaturo que nem mesmo se limpar ainda sabe. Não vou permitir intrusos interpretarem meu mundo que apenas eu habito. Não será construído em mim nações predadoras e exploradoras. Não vou.
Hoje transitei entre a dor e a alegria de reencontrar a beleza que me desbota o riso. Hoje vi pássaros verdes colorirem meu céu de esperança que em sua tumba descansava enfraquecida. Hoje eu vi você, como um céu azulado escuro abraçado por brancas nuvens que te aquecem o peito. Vi em teus olhos um sol florescer em minhas entranhas e desabrochar antigos botões de sentimentalidades. Louvado seja o santo que em seu escapulário estendia pra mim o perfume de teu corpo, ele servia como em santa ceia o teu sangue perfumado por águas florais, aquáticas e frescas, me inspirando liberdade, juventude e desequilíbrio por amor pela vida. A fragrância que nunca me esqueci, nunca confundi, nunca abandonei. Teu cheiro era em minha solidão o Cristo que na curvatura de tua coluna vertebral eu vi sacrificar o seu amor. Apenas por amar você!
Eu poderia conferir aos astros ou magos o discernir de minhas dores, mas somente você num sorriso de repente me descobriria as flores. Posso jurar o ódio, mas reconheço no meu pavor e indiferença toda natureza que em meu peito rumina vida por você. Posso jurar em nome dos deuses ou dos anciões, mas quando eu falar em minha língua verá em ti o amor mais lindo ressoar outra vez.

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