quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Pedidos perdidos

Eu não te pedi pra ser eu
Tampouco pra viver de mim
Na verdade te pedi apenas você
De começo, meio e fim
Não fala nada, silêncio
Dê-me um tempo pra digerir o caos
Por favor, a paz
Afaste-se, mas ainda não se vá
Eu quero você, você
Mas onde você se perdeu de mim
Deixa tudo assim como está
Sem maquiagens, sem as tinturas de cabelos
Sem o esmalte nas unhas curtas
Deixa o seu cheiro te perfumar
Por mim
Eu não me importo com as rugas
Sei que são por elas que escorrem suas lágrimas
São por elas que escorrem teu excesso de amor
Por mim
Eu confio em teu amor
Confio no meu peito
Apenas desconfio do mar que apaga o teu nome nas areias finas
Não, não diga nada, meu amor
Apenas ouça o que nunca te direi em palavras
Leia os meus olhos nos clichés das rimas
Leia as minhas saudades, minhas mentiras, meus motivos
Veja, meu bem, o sol saiu para nós dois
Veio trazer às minhas juras um brilho real
Pois na realidade minha realeza são sonhos
Que em noite e dia se completam à sós
Mentiras e juras se formulam em nosso corpo sem descanso
Eu não te clamei por verdades
Nem clavei mentiras em teu peito
Despeitado menti os sentimentos
Racionalizei os risos
Rabisquei os calafrios meninos
Na verdade nem sei o que pedi pra mim
Na mentira de mim te perdi no sei
Por mim

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