Com sobriedade e tristeza que esboço no negro destes caracteres a dor que povoa o meu peito e mente nesta manhã de domingo. Isto, neste domingo, o dia em que, como cristãos, comemoramos a ressurreição de Cristo Jesus. Lembrança remota de amor!
Não quero fazer do INSANIDADES DE VALDEMY uma válvula de escape de meus refluxos, mas quero me apresentar aos meus Insanos e Insanas sem a máscara da proteção da arte e magia cênica e expor minha humano-frustração com o rumo que tem tomado a Igreja de Cristo em nosso cotidiano.
Me sinto, sim, na tranquilidade em falar sobre isto, eu vivi, vivo e minha escolha constante é por Cristo, mas afirmo meu repúdio, abominação e discrepâncias por religiosidades! O que creio é num cristianismo revelado no amor de Cristo de vir ao mundo e viver como homem, apenas para me ensinar e motivar a ser capaz.
Como muitos sabem, cresci num lar evangélico e neste universo religioso me dediquei ao ponto de dedicar aproximados três anos de minha vida para viver integralmente no exercício deste ministério, mas eventualidade aconteceram e novos rumos a vida traçou, mas os mesmos não rabiscaram a imagem que tenho de Deus, tampouco minha conduta em relação ao meu credo, mas confesso que me vi liberto da cosmovisão e paradigma que fui como cavalo adestrado ensinado por lideranças, das quais até me orgulho e expresso gratidão, por bem ou por mal elas contribuíram para eu ser quem sou hoje, e como eu já disse certa vez, me deram alguns limões azedos na vida, mas minha escolha seria de as mesmas oferecer uma deliciosa e gelada limonada em dias quentes e infernais. Eu aprendi com a vida e com minhas perdas, dentre elas a perda de meu pai, a conhecer à Deus por mim mesmo. Foi ele quem absorveu, absorve e carrega minha dores e medos. É a Deus que presto culto e louvor, na prática de uma adoraçao como estilo de vida, meu pessoal e fashion estilho de vida que só comporta à mim como Valdemy. Vocês não poderiam, ou ao menos conseguiria viver minha vida em meu lugar. No palco da vida a arte é diferente. Não tomo seus paradigmas e moldes como estatutos de auto-julgamento, nem para julgar o meu próximo, pois a eles devo amor.
Eu sei que não preciso me auto-afirmar em minhas escolhas de vida, mas me doe saber que em pleno século XXI, com todas suas dores e abusos, fome, corrupção, existam pessoas que se importam com um par de taças de vinho ou risos entre amigos que não professem minha fé. Eu me embriago do vinho. E não me embriago do sangue dos sonhos e vida de meus irmãos. Quem nunca cometeu pecado que atire a primeira pedra. Quem?
A Bíblia Sagrada no livro de Jó, capítulo 9 verso 14, nos diz que há esperança para árvore que ainda cortada, seca, morta, aos cheiros das águas brotará, como planta nova florescerá em ramos novos e frutos que vivem e multiplicam-se. Ainda á esperança e vida pra mim e para o Cristianismo. Louvado seja teu nome, Deus!
Não entendo, a Bíblia também denomina como bom pastor aquele que dá a sua vida por suas ovelhas, mas o que vejo é pastor ordenando ovelhas numa ligação via celular oferecer a outra perdida no aprisco a exclusão da própria vida. E ninguém tem mais amor do que dar sua própria vida por seus amigos. E eles oferecem a morte e ruptura. Brasa separada consegue sustentar o fogo? Não. Melhor sermos dois a sermos um?
Eu não julgo, apenas não entendo, como criança inocente que precisa do colo do pai. Acho que estamos trocando o coração pelo egocentrismo do umbigo. Talvez eu deveria neste instante, dar um foda-se, mas seria mais um pecado à me importar, o falar de palavras torpes. As palavras torpes são, de fato, mais ásperas e pecaminosas que as palavras que semeiam morte, julgamento e condenação.
O seus preconceitos e julgamentos não me trazem vida, mas confesso que as águas de tuas lágrimas em oração honesta por minha vida me tangeriam o coração e no meu espírito produziria vida.
E eu ainda me culpo, por ver em mim a morte de um amor que outrora senti e escolhi por vocês, meus irmãos. Irmãos? Sonoridade estranha. Eu já não sei orar por eles, Deus. Perdoe-me.
Perdoe-no, Pai, eles ainda não aprenderam, não sabem o que fazem.
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