segunda-feira, 19 de julho de 2010

Muito prazer, Valdemy.

Quem eu sou?
Ah! Eu sou o mixto da repudia e aceitação. Não sou o paradigma, não sou o “conforme”, sou a liberdade, o multiforme, a originalidade, autenticidade, sou a falta do padrão, do modelo, do absoluto!
Sou a soma de meus “eus”, de meus mundos, meus valores, meus conceitos, meus sonhos e pesadelos, meu tangível e intocável...
Sou o riso e o choro, o ganho e a perda, a vida e a morte e mais uma vez a vida, sou a materialização da eterna eternidade!
Sou anjo, sou demônio. Não sou o Diabo nem Deus, sou simplesmente seu objeto de consumo, controle, paixão, na verdade sou uma fera, às vezes arisca outras vezes dócil, sou a peste enclausurada por meu eu.
Sou o medo, a coragem, a vergonha, o pudor, a timidez, fragilidade, vulnerabilidade, sou o mistério, o enigma, a ilusão, o desconhecido. Conhecer-me é desbravar matas virgens e sangrar terras cobertas apenas pelas folhas secas das árvores que povoam minhas florestas encantadas e amaldiçoadas, perigosas e sem trilhas, habitadas por animais sensíveis, selvagens, alados...
Mas eu também sou bosque, sou planície, nem sempre sou montanha, pico, Everest, às vezes sou apenas horizonte! Nem sempre sou Tzumani, furacão, maremoto, também sei ser brisa que acalenta a traz frescor ao coração!
É, também sou coração, sou amor e o meu amor é traduzido em minha própria língua e nas dos demônios que povoam minha alma, mente, meu mundo e que domino como uma fera destruidora e traiçoeira, que me mente, engana, trai, seduz, defrauda, frustra, fere à alma, mas caleja-me contra os também traiçoeiros sentimentos efêmeros.
O meu amor é sofredor, masoquista, sado, melancólico, chora lágrimas de rio turvo à procura de um vasto e transparente mar.
Meu amor é soberbo, egocêntrico, possessivo e egoísta, mas tem a porta da rua como serventia da casa aos seus remanescentes amantes. Não crer em tudo, nada espera senão a rotina corriqueira do dia-dia.
Eu sou o gozo e o prazer, a ternura e o tesão, fantasias e realidades palpáveis. Sou a fome e a satisfação, sou a procura.
Sou simplesmente o que você sem a maquilagem da diplomacia e etiqueta vê refletido quando se olha no espelho!
Eu sou o que não sei que sou.
Ah! O prazer é todo teu!

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