segunda-feira, 19 de julho de 2010

Carta Branca

O meu sonho não é ver você me amar, mas te ensinar à receber meu amor.
Queria carta branca pra te amar, mesmo não escrevendo em folhas brancas a nossa história com este amor; pois bem sei que nossas vidas estão cheias de rasuras e rabiscos de amores frígidos e volúveis, paixões temporãs e devastadoras.
Eu te amo exatamente como és, e te aceito com as tuas máculas e rugas, te aceito com tua lordose, com cada uma de tuas feias rimas, eu te amo com todas as tuas tensões, emoções, crises, eu simplesmente te amo e isto me basta.
Não importa à mim receber amor de você, já te liberei deste compromisso; te amo com um amor incondicional, um amor unilateral, um amor que simplesmente amo viver. Pra que tanto sentimento pra uma única pessoa?
Poderia me abandonar por você ou deixar de ser eu e ser cada segundo mais você, mas morrer seria muito fácil e pequeno, por maior e sublime que fosse minha morte, seria pequena e simples diante da essência deste amor, poderia ter uma morte louvável, honrosa, mesmo assim seria indigna diante de tanto amor.
Muito mais que romântica ou melancólica, mas digno seria viver por você sem te ter na companhia de meus dias de vida, digno seria te amar sem receber de ti o infinito amor, sem sentir o teu toque, teu cheiro, teu calor.
Por você eu não morreria, eu me eternizaria nos poemas, canções, pinturas, conversas, olhares, mesmo que você envelhecesse, “desembelezasse”, ou perdesse o vigor ou delicadeza de tuas suavidades, pureza e virgindade da juventude, mesmo que você se fosse com o tempo, eu viveria só pra te amar, mesmo que você se fosse eu viveria pra te esperar e te encontraria cada vez que recordasse daqueles mesmos poemas, canções, pinturas ou olhares.
Eu te encontraria no mundo que sonhei pra nós dois e se tornou real sendo só meu!

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