terça-feira, 7 de setembro de 2010

Menino sem menino

É como se um mundo novo se apresentasse adulto e ancião ao menino ingênuo e provinciano. Eram muitas informações que o mesmo mal conseguia processar ou definir como digeridas, sofria, o coitado, de má digestões cognitivas ao passo de prisão de ventre seca e mal-humoradas. Isto se reflete em mistos comportamentos e intenções, produz medo, aflição, reivindicações de posicionamentos de escolhas, um sim ou um não. Não tem o menino tempo pro talvez ou espera.
Sua vida corria em tempo ligeiro, o mundo externo se alterava e o seu interior o engolia ruminando seus orgãos e assim desvendando suas emoções.
Eram desesperadores os seus olhos que denunciavam os seus mais secretos instintos e sublimações. E ele nem sabia como com este turbilhão lidar!
Sofria por não ter sido ao mundo lançado, mas se perdeu no tumulto feroz de suas entranhas. Sozinho. Pois hoje não tem o menino o conforto dos pais. Não tem o menino a compreenssão dos antigos amigos. Não tem o menino a juventude de menino e ele ainda nem isto percebeu. Cresceu ou teve o crescimento roubado e se perdeu nos desenvolvimentos do intelectuo ao desencontro do natural.
Perdeu-se no envolvimento com o transcendental ao encolhimento do natural.
Perdeu-se em si mesmo e achou em terceira idade em perfomance infantil.

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