terça-feira, 7 de setembro de 2010

Fragmentos

[...] Dependência ou morte!
Este precisa ser o grito da dor de meu coração
Que sangra diante da perda da liberdade
Liberdade de vida, de escolha, expressão,
Escravizado por suas próprias vontades egoístas,
Aprisionado pelo medo, pela fraqueza, pela vergonha;
De se expor como perdedor, como fracassado.
Diante de uma fé que me deixa morto ou aleijado
Torna-me deficiente espiritual, físico, emocional.
Sinto minhas pernas atrofiarem,
Meu rosto empalidecer,
Minhas pupilas não se dilatarem mais,
O meu coração ensaia não mais bater,
Nem arrepios frios me arrebatam o corpo.
Estou falecido, moribundo, morto,
À caminho do cemitério que adormece minha mente.
À caminho com a dor que me paralisa de repente
À caminho, caminho caindo.
Caindo, tropeçando, mas do chão não passo.
Caminho cantando
Caminho vendo flor
À caminho do caminho.
Que nem sei onde me levará.
Sou pecador, sou errante, sou menino.
Levanto e caio, mas não me envergonho,
Eu prossigo.
Eu sigo,
Comigo, contigo ou “sem tigo”.
Eu vou!

Eu vou, mas...

Que dor,
Que dor invade o meu peito.
Que dor corta o meu peito com um punhal
Que dor corta minha respiração,
Que dor!
A dor me pegou de surpresa
A dor me pegou e me arrebatou!
A dor me tocaiou,
Seguiu-me de noite e dia
De dia e noite
E no meu peito morou.

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