Mais uma noite mal-dormida. Mais uma madrugada em insônia. Eu acordei, controvérsias e pra mim mesmo disse que precisava de um amigo, porém o meu apartamento já estava vazio, embora ouvia os murmúrios da segunda-feira que feroz se iniciava nas ruas da Gávea.
São 7h da manhã e daqui a pouco me encontrarei na faculdade, fingindo com bela máscara tudo está bem e tranqüilo, gargalhando, sorrindo e imitando intelectualidades.
O que sinto e me perturba o sono é manifesto de maneira bem peculiar de minhas outras complexidades psíquicas, pois me confronta à obrigação instantânea de posicionamento. Mas eu não sou miojo.
Por um instante tive a certeza de estar sozinho, solipsista, até que senti e ouvi uma respiração conhecida, mas esquecida nos pertences antigos deixados em São Fidélis, se bem que na verdade nem sei se por lá deixei...
Ela porém falava com a mesma paz, carinho e até amor, isto fez mananciais de águas vivas brotarem impetuosos em meus olhos. Essas águas me lavaram a alma e fizeram inevitavelmente ressurgirem uma sede incomunal que tempos não me secara.
Isto me retornou à um amor antigo, amigo, primeiro. Eu não estou sozinho, eu também tenho uma alguém.
Bom dia!
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