"E na presença do Deus Altíssimo, ao ser questionado sobre o maior pecado que cometi em vida, senti uma faca afiada cortar minha respiração, um frio me congelar o estômago, se já não estivesse morto, partiria agora para o além, que na verdade está bem próximo daqui.
Não o pude contemplar nos olhos, a amplitude de minha visão se limitou aos seus pés, minhas mãos escondí-a-las atrás de meu corpo, tinham marcas de sangue, sangue puro, sangue inocente, eu era marcado pelo homicídio de escolher não amar e muitas vezes não ser amado.
Queria poder expressar à Deus mais que palavras, não eram vazias minhas palavras, eram contempladas de arrependimento, medo, nostalgia, mas que palavras podia eu oferecer à Ele que tem todas de vida eterna, com o poder de até o mundo criar, que palavras eu podia expressar à quem já conheceria todas as que um dia eu poderia pensar.
Fui errante em vida, pecador medíocre, indigno de perdão ou graça, fui egoísta, egocêntrico, fui pequeno ao privar o meu próximo do pouco de bondade e beleza que me mim existia, matei o amor me mim, matei à mim com amor, sujei de sangue minhas mãos, mas desta vez o sangue não purifica, mas condena e aprisiona..."
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