domingo, 15 de agosto de 2010

Fodam-se

As línguas vão falar de nós dois
Vão revelar nossa farsa
Comentar nossa farra
Invejar nosso nóis

Vão descobrir a partitura de nossa canção
E a companhia que me tirou da solidão
Descobrirão que gostei de ter você
E que gostou de me ver me perder


Em infância
Em inocência
Em leituras de um olhar de amor
De ingênua inocência infantil
Em rubricas em texto de valor
Preciosidade que nunca se viu


Fodam-se eles
Vou me despir pra você
Pr’um sentimento que não muda
Que cresce, naturalmente permaneçe
Que seja os nossos segundos a eternidade
Nossa memória o pra sempre
Sem esquecimentos
Não sejamos ciumentos, mas livres
Que sejamos o que nunca se foi
Mas voltou
Que sejamos o que nunca se juntou,
Mas vive

E ainda quando se for
As paredes do quarto
Cantaram nosso ritmo
E o silêncio do fato
Um abraço preciso

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