...não há como negar que a primeira impressão que temos ao vê-lo é de encanto por uma singular beleza que o encobre, envolve, enobrece seus traços firmes ao mesmo tempo delicados por seus sorrisos, gritos ou gargalhadas. É um mixto de criança e jovem no anseio de crescer e se apoderar dos domínios únicos e exclusivos de sua própria vida.
É necessário mais que um olhar momentâneo para ler suas insinuações que constrange. É preciso degustá-lo como um livro de cabeçeira que lemos por prazer, por sabor, por cheiro. Lemos em sub-textos, contexto e pretextos de comunicar o que nós mesmo levamos no peito. É preciso inteligência para decifrar seus risos marotos, seus olhares barrocos e seu silêncio romântico.
Fala com propriedade quando falar de si, fala com transparência, fala com generosidade ao compartilhar de sua história, seus sonhos, seus planos, seus medos.
Conhecê-lo é se render ao convite de como desbravador intimista e intenso desfrutar de magias infanto-juvenis e saliências maduras e corajosas.
Ele tem o dom de calar minha fala e me constranger com seus ensinamentos. Me ensina no exercício de ser simples ao falar das coisas mais complexas da vida. Me ensina à não temer, à me lançar, num mesmo instante em que fala de seus maiores receios de homem-humano.
É companhia que quero por perto, por dentro, pelos lados, nas laterais ou nas direções de minha vida.
É companhia que quero na vida, mas que celebraria na morte! Na morte de cada dia que se vai junto às transformações que me permite. Há sempre um nascimento de um novo “eu” nas despedidas de nossos almoços. Despedidas que também reservam suas primícias, o mais belo abraço e um decorrer de tempo que nunca antes vivi.
Fico mais belo ao viver de si. Fico mais moço, mais jovem. Fico mais eu, mais Pedro, mais Valdemy.
Nenhum comentário:
Postar um comentário