sábado, 21 de agosto de 2010

Mente de mente pra mente

mente ao meu coração
minha verdade se enfatiza do engano
mente ao meu coração
e traz juízo ao meu ciso profano
mente com gosto de menta
mente com desenho de monte
mente com revelar da manta
mente com idéias que me desmonta
e aponte
aponte meu erro
e eu berro
eu choro
eu rio
rio em águas tranquilas
como criança em férias
ou em fins de semana
que emana ilhas de emoção
que também mente
ao crente
que de repente
repete seu repente
na ação de também mentir
e implantar em mim planta
de verdade que arde como o sol
mas não aquece coração
não colore a maçã
não retoca a pele
não estimula nem minha mente anã
mente ao meu coração
deslize o pente entre meus neurônios
e deixe meu mundo girar
cantar
deixe meu mundo ser
e eu ser pra deixar
o que tiver que ser e andar
tropeçar
e rebolar no encontro de desencontros contos
e ponto final
permite-me apresentar o substancial
ele só mente por razão passional
mente e eu gosto e daí
quem nunca se permitiu enganar?
mente
de repente e sempre
mente
inconsequentemente e tenta
recontar tua estória
mentiras de amor
por amor pode
e à ninguém fode
mente e me tiras
das tiras que me amarram
enquanto meu mundo gira
e meu epicentro se desorienta,
mente com as palavras que tens na mente
e deixe o meu olfato segir teu cheiro
mente com palavras que tens na pele
e me pluma o passear
mente
por muito e não por pouco
mente sem mentirinhas
mente por verdade
e equaliza mente aberta
pois eu não quero pouco
não mais
pouco não me satisfaz
e o muito me desperdiça
mente
e me faço crente,
inocente
que na vida o hino sente
e canta crente
no quem me acreditou
mas o desmecanizou
mente
e me faz ver o amanhecer anil
e a lua da manha sem cor
mente pra mim
sem desenhar fim
deixa eu ficar afim
mente de mente pra mente
alfabetiza meu correto
e seguirei reto
na semântica infantil
que é mais simples e inesquecível.

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