segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Em meus poucos anos de vida

Se você permitir, minuciosamente decifrarei cada gesto de teu olhar, cada verdade de tuas palavras, cada segredo de teu abraço... Assim me inspirei quando um súbito questionamento me assaltou: Por que penso ser um pleno conhecedor da alma humana se recordo poucos anos de vida e ainda há uma longa jornada pela frente? Pelo menos assim espero.

Existem muito mais complexidades nestas simplicidades de nossos atos que imagina minha vã filosofia.
Existem muito mais surpresas nessas caixinhas que são nossas vidas do que me proponho conhecer.
Existem muito mais você em você mesmo, do que permites à mim revelar .

Ah, se conseguíssemos nos dar com mais liberdade assim como um impetuoso vento que nos agride jogando as folhas dos compromissos, das normalidades pelo ar.
Emociono-me só em pensar, que deliciosa aventura viveríamos!

Imagine-nos livre de nossos egos.
Somos tão cheios de egos que quando nos olhamos para dentro não sabemos qual é a nossa essência, somos tão envolvidos com o social que às vezes esquecemos as verdades ao nosso próprio respeito.

Deixa eu te interpretar, decifrar o enigma, quem não interpreta não lê o mundo e eu quero te ler em cada palavra pronunciada, em cada pronúncia não dita. Deixa.

Isto! Revela o que tens aí dentro.

Que agora parem os pássaros, as águas, o vento. Silêncio!
Não posso me perder da sonoridade desta voz. Da voz que ressoa de teu coração cheio de você, essência verdadeira de você.

Nunca vi tão lindo pulsar!
Nunca vi tão lindo olhar!
Nunca vi tão linda voz!

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