quinta-feira, 1 de março de 2012

História INsana: Um amor, umas mentiras, uma verdade

O que sinto é uma espécie de amor que me inspira as mais idiotas mentiras. Minto ao meu fígado a todo instante e desmancho minhas sentimentalidades como manteiga ao sol. Eu amo você em unilateralidade, em mão única, em egoísmo cênico, em Cassandra que ninguém ouve as verdades cantadas em cantos de melodia sem melodias.
Eu sei que fui eu quem criei pra nós este conto de romances que nada contam ao invés de nuances de paixão. Minha paixão.
Eu desenhei em mim o teu nome e te lembrei como ferida aberta que perfura a alma, mas dói numa dor saborosa e doce, fina, sufocante, mas querida e esperada. Te apaixonei em sado e masoquismos. Esperaria dez mil valsas da lua para me banhar de tua graça, pois não era de urgências que se alimentava o meu amor, ele é paciente e contemplativo, mas tua fúria sufoca e fere.
Não são de tuas traições que maldizem o meu paladar, mas das mentiras que contei pra mim, dos sentidos que nunca existiram, dos planos e sonhos que nunca costuraram nossos feixes de luzes cerebrais. Foi uma história que nunca foi contada, quanto mais vivida por nós.
O que sinto é uma espécie de amor que inspira as mais idiotas verdades. Quais? as que sempre houveram mentiras.
Agora não me venha com este teatro amador. Não queira me manter em tua platéia mesquinha com espectador de tuas dramaticidades vazias. Já conheço o teu teatro pobre. Já li as tuas pautas premeditadas. Dispenso o teu ápice, de despeço com aplausos uivantes para mim.
Não me vejo besta na estupidez de meu amor entregue a ti como colírios que a alma revelam as cores. Não me entendo indigna por teus beijos que experimentei. Te usei como papel descartável, a diferente que o dobrei com a um origami e construí um homem pra mim. Eis a verdade que sempre existiu e o meu choro borrou.

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