Você me violentava, agredia-me na direção que me forçava a me abrir para as sensações dais quais eu não queria. Embora querendo. Como que se alargasse as minhas cercas, removendo com a força sensível do peito os meus arames farpados. Era um príncipe que removia da prisão do encanto de meu castelo e em canto de desvirginar construía as minhas lágrimas.
Eu falava de meu mundo pra você que se perdia em seu próprio mundinho de investigação constante. Eu queria como um cego, em Braile, ler o teu corpo pra você e te descrever os códigos dos quais finges analfabeta não assimilar as conexões. Queria revelar pra você as mesmas descobertas que cobriam agora o meu céu negro como dez cobertas que aquecem o corpo no inverno, mas ainda era final de primavera.
Quando tudo aconteceu, não acontecendo, e a despedida despiu nossas intenções, vi o meu conto de fadas ruir e prestar contas das emoções que nem foram cantadas. Foi a primeira vez que assumi pra mim que o que eu vivia era paixão. E seria um dia amor? E seria amanhã mais nada?
Eu queria muito te encontrar em mim e em ti encontrar todas as melodias que você me contou e agora como tatuagem em meus neurônios te assinam em linguagens das quais já aprendi de cor e sem cor me colorem.
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