quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Foi sexo e não amor

Todos nós lançamos dentro de uma Odisseia. Todos nós labutamos contra nós mesmos os nossos vazios e solidão. Depois de você o meu dia se tornou largo, onde me perco em mim nas ruas que conheço a anos. Te entreguei os risos que gargalhavam escondido em mim. Foi sexo e não amor.
Queria entender as sobreposições de tua pele em meu corpo e arrepio naquela hora em que você me jantava com apetite feroz. Não havia luz de velas na mesa para esclarecer o meu paladar virgem. E você tinha gosto do que ficou nas lembranças de minhas amígdalas. O nosso, nosso fogo era o combustível. O nosso calor era o nosso descobrir.
Nas primeiras duzentas e cinquenta páginas deste romance russo comprometido com o realismo poético o que vive foram esboços de ilusão ardente. Suprassumo de implosão filosóficas. Você foi caro pra mim. Um livro de referência o qual reconto a todo o momento a história em minha cabeça que vaga à sua procura. Não és o meu livro de cabeceira. És minha letras de cama em circunstância prosaica. Você prescinde a intimidade, as entranhas de meu órgão viril. Já há tempos deixou de ser algo que apenas sonho, mas um gosto que desorganiza minha linguagem e ensina a pronunciar espasmos e calafrios românticos. Foi apenas fogo e não calor.

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