quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Beijo gosto maça e limão

Eu sentia a minha cruel acusação maquinar me tirar o delírio nas assinaturas de meu mau humor, mas nem ela poderia tirar o cheiro de seus cabelos dourados que tatuavam em minhas mãos o perfume de seu banho e temperatura em ebulição. Eu sentia o seu ar escapar tímido e frio de tuas narinas, ouvia seus dentes sapatearem uns nos outros o que ele sabia que poderia em minutos acontecer. Não vou mentir, eu morria de medo, tinha medo de mim e da impetuosa coragem que misturas de maça e limão poderiam me assassinar. Entrelacei minha mão à sua através de nossos dedos que coreografavam inocência. Sentia seu suor, como se sua mão tão macia quanto o rosto de nosso querer revelassem-nos o suco que se produzia em sua boca e era que eu queria encontrar e permitir o meu rio inundar como água doce ao encontro do mar. Eu senti meus lábios encontrarem com os dele. Senti a maciez de onde saiam as palavras que eu maduramente sabia quem mentiam pra mim, mas era minhas mentiras que as concretizavam verdades. Seja homem, seja mulher, seja adulto ou criança, nunca me senti tão...

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