sexta-feira, 5 de novembro de 2010

No engajo de nem engatinhar

Me perdi encontrado pleno nas ameaças de teus abraços
Ri demais, não mais sozinho na tua companhia afável
Esbocei sorrisos discretos e quietos
Acalmei meus impetuosos batimentos no aroma de teu perfume
Agitei seus frígidos imaginários no silêncio de meu desdém
Projetei futuros e fugi do amanhã
Arrisquei palpites do passado e duvidei do presente que destes a mim
Balancei em meus medos
E balanguei em teu convite à criança ser
Me diverti
Me senti como criança nos desprezos das ansiedades de ancião
Me senti embalado, engajado pelo vento que vem dos murmurinhos ao pé do ouvido
Estes que me fizeram caminhar, foram eles,
Pois os meus pés não me obedeciam mais
Fui movido por um novo caminhar
No engajo de nem engatinhar, mas enfim dançar

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