sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Como incógnita

Se não fôssemos nós, seríamos um estranho casal perfeito, com direito a poema, música e risos soltos. Nossos risos libertariam os cantos dos pássaros engaiolados. Todos os dias. Eles cantariam e viveriam, assim como nós que gritamos calados.
Em nossa companhia todo inverno se faz primavera, com clima de outono e calor de verão. Mudamos a estação do ano não sintonizando as mesmas estações de nossa rádio. Eu ouço www.kboing.com.br e você o egoísmo adolescente do IPad. Somos left sem right. E ainda sim sabemos qual é a nossa música favorita. A mesma música que assina trilha de discrepantes filmes. 
Se não fôssemos nós, subtrairíamos os fatores de nossas efetuações românticas. Somaríamos no um mais um, dois. Seríamos demasiado-exageros se subtraíssemos um do um, resultando um. Eu e você, num só corpo, encontro, sabor e temperatura.
Se não fosse o "se" seríamos o fomos e a história teria tom de experimento e saudosismo de mais ser, seria bom ter sido. Sem se arrepender.
Que bom que minha mente me permite emoções das quais desconheço. As quais você como uma incógnita me apresentou.

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