domingo, 6 de novembro de 2011

Carta vermelha

Um amor quando se é simples em si mesmo é necessário ter muito mais que belas mágoas para riscar suas cores. Na realidade um amor quando é simples em si mesmo se faz desnecessário das cores que colorem o brilho ou enfeitam os ais. Amor quando é amor verdadeiro se refaz das dores, nos choros e lástimas.
Claro que não ensaio masoquismos em minhas declarações, apenas trago os eixos que suplantaram minhas foto-realidades por ti. Eu que te amei no inverno e verão, no rancor e na paixão, no amor e nas saudades. Eu que simplesmente fui estúpido.
Seria estúpido, sim, negar os sangues que derramei por você, seria estúpido dizer que não foi por estas mesmas sentimentalidades que me fariam sangrar mais uma vez, que chorei flores. Afff, pois como uma vez eu disse: te amo com um amor incondicional, um amor unilateral, um amor que simplesmente amo viver. Por que tanto amor para uma única pessoa?
Eu queria uma dose a menos deste amor que me embriaga, queria uma dose a menos de teu ópio que me desnorteia, queria teu sul, meu chão, pois neste jogo já risquei e rabisquei minha carta branca, ficou-me então a vermelha e não era vermelho de paixão.

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