quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Transo

Eu te transaria nua
Ou só olhando teu vestido verde floral
Eu te comeria crua
Bem mal-passada em almoço dominical
Ou de segunda a sexta após o trabalhar
E nos restaria o sábado como deixa
Pro fogo, o desejo atordoar
E te fazer querer a mim e não pensar
Eu te transaria vestida de ti
Costurada sem linhas ou composturas
Eu te comeria revestida de mim
Estruturada por andaimes e sem ruas

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