Eliane não poderia nunca entender o que se passava na mente do Antônio. Ela o amava de coração, de sentimento, de alma, de espírito, ele pois a concebia de mente, de raciocínio, de pele, de equilíbrio.
Era difícil para ela compreender que fins de relacionamentos não se davam apenas por falta de amor, mas muitas vezes por incompatibilidade de gêneros de paixões. Eles se amavam, se queriam, se desejavam, mas ainda sim, desejavam muito mais à si mesmos para sucumbir aos deleites de uma história de amor à dois. Escreveram suas histórias sozinhas, ou na companhia coadjuvante de seus egos.
Era difícil entender o raciocínio lógico da mente de Antônio. Amava por razão ao mesmo tempo que não amava por medo. Eliane já por sua vez, amava por fogo, por volúpia e este mesmo a secava dos rios de muitas felicidades.
Sorrisos vieram assim também muitos silêncios, murmúrios e reclamações, mas o que ficou foram lembranças, muitas recordações do que poderia ter sido e por serem simplesmente Antônio e Eliane não foi...
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