domingo, 6 de janeiro de 2013

Quando se tem a si alugado

Pra você que sorriu
Deixo a minha dor
Pra você que cantou
Deixo a minha paz
Sensações inodor
Rosas cor de esgoto
Fluídos coloridos à mão
Lembranças que tange o meu humor
O meu partido é coração partido
O meu diálogo é experimentado
O meu prazer é sexo fudido
Sou companhia dos desesperados
Sou desespero de minha solidão
Aquela voz que cala quando grita minha fome
Nunces falsificadas de paz e auto-controle
Chances esgotadas de felicidade comum
Desejos sólidos
Arrotos finos
Coagulação que entope as vias de meus cômodos
Quando não se tem a si próprio ordenado
É no corpo dos outros que se aluga paixão
E o peito infla e expele aluguéis atrasados
Os preços se acumulam e aumentam
O meu peito diminui e sufoca o coração
Respirar

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