quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Dias que choro sem chorar

Deixe-me chorar
Tenho um rio feroz aqui nos olhos
Deixe minhas emoções destruírem minhas seguranças
Sou o dono do não sei
Talvez filho bastardo das dúvidas
Certamente legítimo do medo
Será que é ilusão ver a mim no espelho?
Deixe-me ser criança indefesa e mimada neste chão que agora piso
Eu que piso em chãos que não possuo
Eu que viajo nas nuvens que me são passageiras
Eu sem teto, sem cabeça pra conversar
Choro tímido no interior de meu peito
Sem jeito rasuro minha maquiagem de paz
Eita coração que embaralha no peito

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