quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Não fico doente por que não tenho uma namorada

No calor de minha febre que arde pra que meu peito não me leve muito a sério
Minhas insinuações transgridem a alma e trava as cordas vocais
Me calam e eu não aprendo
Me prendo nos calos de minha ronquidão em falsete
Às sete pras sete da manhã
Sete perfeições que tinjo de pecados capitais
Gula por santidade em solidão
Tal que me tumultua mutuamente na mutidão mutilada
Desde quando homem foi criado pra isto?
Desde quando cria humaniza criador?
Desde quando criador diviniza desdém?
Em minha insanidade finjo interpretar meus espasmos manual como normal
E hoje Norma sorriu pra mim no mar
E me afoguei 
Ateei fogo molhado em mim
O saco de meu Papai Noel se inscreve em estrias
Dói
Corrói
Destrói as conceituais normalidades
E me desprendo das idades
Quase três décadas
Quase um inteiro
Um inteiro quase e enfermo
E sua crença
Descença e elegância entre espirros e tosses
São as palavras arranhando as tais cordas
Ah, se eu fosse um violão
Eu atrairia você e minha efermidade fluiria pra longe de mim
Tenho doença de você
E nem sei quem você é, primeira pessoa
Quando eu tiver uma namorada me dedico a adoecer
Doce e enamorado pelo mal de amar

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