Glaucy

O INsano-mor, resolveu abrir o baú de suas emoções e compartilhar em poesias as dores das desilusões que sofreu em seus quase trinta anos de vida. Alguém se identifica? Alguém já sofreu por amor?

Deixe a chuva chover

Veja o céu chorar suas lágrimas

Pois se eu não posso me conter

Se não posso contar minhas dádivas

Que sejam do som do céu que chora

O "eu te amo" que nunca te disse

Deixe o rio secar

E as lembranças de minhas quinze primaveras molhar

As tais flores que não te dei

As flores que secaram em mim

E perfumaram o amor que morreu em meu peito

O meu amor murchou as suas pétalas

No sim que apaixonada não disse pra mim

Nuances de esperança discreta

Silenciou as nostalgias que estavam por vir

E vieram nas madrugadas de noite fria

Onde te quis em meu colo

Em meu beijo

Primeiro beijo

Anônimo, secreto, conhecido em voz

Te falei ao pé do ouvido minhas emoções

Pé curto para percorrer os labirintos de teu coração

Te amei em silêncio profundo

Me declarei em telefonemas e mensagens sem nome

Mas que nomeavam os sentimentos que me lembravam você

Teu cheiro e doçura de ser Glaucy

De ser a mesma maciez que sonoriza teu nome

E pedrificam o meu coração menino

*Baseado em um história real e pessoal

Eu e o á

Quem muito tem não tem ninguém
Quem muito pede não receberá
Quem muito ama nunca se amou
Quem muito sente nunca viverá
Quem muito pode não fode alguém
Quem muito abraça sozinho está
Quem muito ouve nunca aconteceu
Quem muito seu nunca seu será
Quem muito boca não tem sabor
Quem muito fogo não aquecerá
Quem muito filho nunca foi mãe
Quem muito tudo em nada irá
Quem muito alguém sem pronome é
Quem muito foi amanhã verá
Quem muito eu nunca se foi nós
A quem nunca nós sempre eu e o á

INsanos: Poema freestyle com Neto Potiguar

Neto Potiguar, rapper fidelense

Um dos comprometimentos dos INsanidades é o investimento nas mais sublimes belezas de cada ser humano, seja ela contemplada ou não aos olhos intelectuais, sociais ou artísticos. Os INsanidades quer causar, por excelência. E abrir caminhos para discussões e surgimentos de nossas propostas e linguagem.

Não poderia fechar o meu mês de abril sem a participação dele, Neto Potiguar. Este menino que de skate costura as ruas da Poema com críticas,  loucuras e ousadias questionáveis. Rs!

O que mais me atrai a sua arte é a naturalidade com a qual pensa. Sua mente não pára e suas INsanidades hoje são compartilhada conosco. Se joga, 4:20! Fé!

Se liga tiu... Essa é a história de um mlk sonhador, corajoso e até então em fase de crescimento!

Como assim, Neto, até então em fase de crescimento? O moleque morreu?

Esse rapaz nasceu no interior do RJ, numa “microcidade” e desde pequeno os professores e todos em sua volta sabiam que ele iria progredir na vida, pois os seus pais o amavam muito e davam todo apoio a ele! Seus pais... Nossa! Eram pessoas de carinho inimaginável de ações e simpatia. Eles ficavam “p” da vida quando pessoas diziam não conhecer o filho deles e faziam questão de mostrar sorrindo o seu filho. Eita orgulho! Porém algumas vezes o filho desses pais tão orgulhosos cometia alguns erros, típicos de adolescente! E seus pais eram muito rígidos, logo perdiam a cabeça e reclamavam, xingavam e por ai vai... Okay, já entendi pra onde vai.

O nome desse menino esperto, bonito, criativo, arteiro e em fase de crescimento é, nada mais nada menos que... 

Calma ae, Neto, deixe-me procurar uma música de suspense aqui. Não vai entregar o ouro assim tão rápido.

É São Fidélis. a Cidade Poema! E os seus pais são o que chamamos de povo fidelense... Curti esta brincadeira, primo!

São Fidelis cresce por que a gente cresce, tiu! São Fidelis é bonita por que somos nós quem cuidamos dela e como toda criança arteira ela não tem cinema, não tem shopping, um parque de diversões. E o que os pais fazem quando essa criança faz bagunça? Reclamam e falam do filho. E quando seus pais vão para a cidade onde existe shopping, cinema e todas essas proximidades digitais e falam que são de São Fidélis, recebem a bomba que ninguém conhece São Fidélis. Ou que é roça. Mas como bons pais eles com um sorriso que só o povo fidelense sabe dar, carinhosamente convocam os granfinos para uma visita a sua cidade! E oferecem café quentinho e pão com manteiga, manteiga fidelense.

É isso que acontece tiu! São Fidelis é o nosso filho. Nós, o povo, devemos cuidar dela e por mais que você reclame dela por não ter o que você quer, quando você vai pra cidade que tem e volta pra sua terra você dá graças a Deus, por que ainda temos um povo que quando você vai comprar pão eles te dão "bom dia", por que querem que seu dia seja bom.E não por que você ta enchendo o bolso deles de dinheiro...

Nasci em São Fidélis. Cresci nessa cidade e espero morrer aqui! Não tenho vergonha, só orgulho de dizer que sou fidelense. Apesar dela ser muito arteira! Espero que como bons pais todos cuidemos de nossos filhos...

É, primo, e como eternizou Prisco de Almeida em sua melodia: Salve! Salve! Linda terra feita de luz! Glória! Glória! Tudo em ti prende e nos seduz!

INsanos: Manifesto do sonho, amizade e amor

Marco Antônio Abreu, estudante

Às vezes as pessoas me perguntam de onde vem tanta inspiração para tal mundo INsano. Eu respondo: Eu me inspiro nas pessoas que me relaciono, nas imagens que capto pelas ruas e elas trazem à tona em mim o meu melhor inexplorado.

Dando prosseguimento às ilustres participações de meu-nosso mundo de INsanidades, ele não poderia ficar de fora... por escolha livre nos tornamos irmãos e por acaso temos na vida o mesmo valor e sensibilidade. Fidelense nato, amante do Vasco ( é, ninguém é perfeito), apaixonado pelos amigos e queridos por todos, Marco Antônio Abreu hoje nos compartilha de sua efêmera e inteligente forma de ler o mundo. E tenho que dizer, esta rapaz é um dos maiores pensadores desta Cidade Poema. Obrigado, irmão!

Sonhar é o que mantém a nossa vontade de viver. Nos alimentamos de sonhos, tão diariamente como o ar que a gente respira!

Para viver basta apenas ser feliz, acreditar em um futuro melhor e ir trilhando o caminho que leva à realizar seu sonho. Isso sim é construir um futuro... Hoje em dia quase não temos esperança e os sonhos entraram em extinção. Vivemos como se fôssemos máquinas humanas e não seres humanos.

- Mandou bem, Marco. Tem um texto meu, antigo, que penso sobre este lugar que temos trilhado como humanindade e chego a comparar o humano à monstro, como se passássemos hoje por um processo forçado de mutação. Seríamos monstro sapiens? - 

O amor se tornou um dos grandes problemas da atualidade. As pessoas têm que aprender a saber o verdadeiro significado e a verdadeira atitude do amor. Quando a gente ama deixa a pessoa livre. A liberdade é a porta pro amor só ela te diz se ama ou não, pois amor que é amor nunca vai embora. 

- Não sei, irmão. As pessoas mudam e os seus sentimentos também, Um processo natural! Ou talvez, mudam por que buscam no amor apenas a projeção de si? É, você tem razão. - 

Não ter vergonha de demonstrar os sentimentos é uma prova de amor. Amor vai muito além de cara-metade. Amizade, por exemplo. Esse sentimento é sentimento de irmão, de família, e todos nós somos dignos de amar. 

Amizade é quem enxuga nossas lágrimas derramadas pelo amor, pois quem acha que o amor é um conto de fadas se engana. Pra ser sincero, para você amar mesmo, certamente sofrerá por esse amor. Mas a amizade vai muito além disso, ser amigo é estar disposto, ser sincero, é ter até opiniões contrárias, mas uma proteção e cuidado incomum pelo outro. Ser amigo é ser irmão apesar das diferenças.
Talvez o segredo da vida, e a fonte da felicidade esteja na junção dessas três coisas, você como homem não pode ter medo de andar pra trás, de admitir um erro, a gente só aprende caindo. Sonhar é não ter medo da queda, mesmo se ela for absurdamente grande, amar é dar liberdade e o direito de uma outra pessoa amar. E a amizade é ser incondicionalmente irmão.

INsanos e INsanas, é incontestável, este rapaz me ensina muito. Me ensina a ser simples e grato! Abraços, Marco. Abraços, Chico! 

INsanos: Meises de Abrius com Giordanna Forte

Ela é considerada a queridinha das festas do meio artístico. Leva todos ao delírio ao embalar o seu som em ousadas performances e figurinos conceituados pelo estilista Gustavo Carvalho. Uma diva! E eu falo, é impossível deixar a pista quando ela está no comando #FicaAdica

Giordanna Forte, DJ e atriz

Atriz, dançarina, cantora e uma das mais conceituadas DJ da atualidade, residente na Festa Chá da Alice e digna de apresentações internacionais... hoje é ela, Giordanna Forte, quem passeia pelo meu-nosso mundo INsano, pensando um pouco sobre o som que a convida reviver em lembranças e nostalgias sua terra e tradições gaúchas e como ela mesmo diz: "uma música que toda vez que eu ouço me arrepia muito. Que lembra muito minha terra, minhas raízes, minha infância e minha tradição! É linda e tem que  escutar bem alto!" INsanos e INsanas, estou revivendo minha amada São Fidélis ao som do grande artista gaúcho, Renato Borghetti na canção "Milonga para as missões! E é claro que isto me inspira rimas e poesias INsanas. Me inspiram cores, gargalhadas e risos...

Meises de Abrius

Eu me lembro das cores e gostos que coloriam minha poesia no mês de abril
Me lembro que em abril São Fidélis fica mais bonita
tem mais graça, mais raça, tem mais gente
e todas as nossas palavras tem gosto de algodão doce e maça do amor
o  meu coração salta pela boca nos pulos do pula-pula
e me minha mente se faz girar nas rodas gigantes
fica grande e festiva a minha pequena cidade
Fica poemas espalhados no muro, nos carros, no ar
Fica as minhas infâncias que se colorem e cantam
Ficam as minhas lembranças que me constroem seguindo uma métrica
ficam rimas, esquinas quebradas,
ficam lagostas
eu me lembro das rugas que não tinha
ou da voz que era mais macia
lembro-me do que esqueci
mas sempre se permaneceu em mim,
fidelense.
                                                                                        (por Valdemy Braga)

 A Gio ainda completa sua poética lembrança citando uma frase de Mario Quintana que traduz um pouco do que passou até chegar aqui. Ela que começou brincando em ser Dj e agora brinca de verdade trazendo trilha sonora às nossas noites: "E aqueles que aqui estão atravancando meu caminho, eles passarão e eu Passarinho." E termina com um " é isto." Realmente, nada tenho mais a declarar! Obrigado, minha diva!

* Contatos: www.giordannaforte.com e www.delirioseaspirinas.blogspot.com.

Românticos canalhas

Te juram amor
entre um e dois goles de vinhos
que adoçam e molham
as palavras que em instantes segundos
perpetuarão em teus caracóis
nós de atadas crenças de romances
que se esfumaçam
como poeiras depositadas em móveis antigos
que suportam porta-retratos
de capturas de momentos que se foram
e nunca vieram
são pestes
são demônios
são gente
em couro de graça
que desgraça
em cor de pétalas de flores
são apetites por carne
em promessas vegetarianas
egoísmo
vaidade
são meninos que nunca cresceu
crescimentos efêmeros e vulcânicos
de dez centímetros
de desprazer
são belezas que não se aplicam
são vozes que nada falam
ecos que silenciam
são você que se esconde
entre fugas
sou eu que se reflete em pupilas
dores
cores
flores
são "es"

Forma desenformada

De qualquer forma
me formo
das formas que deformam
os formatos estruturais desta tradição
que transmite meu bem
meu mal, meu bom
meus ais,
ou mesmo o meu tom
que desafina na sinfonia
das pautas que
paulatinamente
formulam os risos
imediatos
esperados
e inexplicáveis tal como
são as transformações que me propõe
o seu conteúdo
sem fundo
nulo e cheio de mente em corpo
que incorporeamente mente à mente
traduzindo leituras que
meus olhos não sentem
nem vê meu olfato
num confundo
profundo raso
estreito jeito
de sem jeito produzir coro
e ecoar nas pedras
que clamam
os sons do que tumultuou
em cognições de sinapses
no crânio
sem forma ou eixo
vocabulando nomes
sem renomes textos
ou pretextos que
não se conformam
confundem

Um sol que nasce quadrado

O convite era para assistir ao espetáculo do raiar o sol, mas minhas sinceras inssentimentalidades não me inspirava contemplar tamanho fascínio da natureza. Os meus olhos só tinham reflexos e adestrações para entender a beleza de tua pele que se contrastava com a minha tão negra quanto um chocolate meio-amargo. Eu queria no fundo de meu peito retribuir às tonturas que me entorpeciam a mente perfumada por maresias e ervas que queimavam em barracas vizinhas, mas eu não poderia mentir pra ti. Não poderia permitir as tuas pupilas verem em mim o que não esculpiam as verdades em mim. Por que sou como um barco. Não sou navio nem transatlântico. Sou à vela! E navego águas cristalinas e calmas no ímpeto desejo de secar as lágrimas das saudades que costuraram afeição à solidão que me corrompia. Eu tinha saudades de você. Tinha saudade de teus abraços que não me permitiram conhecer teu corpo e sexo. Tinha saudades de teus lábios que me produziam cada palavras que eu escutava sem precisar ouvir. Tive saudades de meu direito de ir e vir. De me sentir forte, bonito, livre. Eu sentia que todo ar que poderia o meu corpo desprender as amarras me sufocava os pulmões, como se que estrangulasse a garganta de minhas respiração. Eu tentei gritar. Tentei correr, porém tua sedução atraía o meu corpo com as ninfas que desfilavam afinações em tua voz doce, macia, moleca. Como posso? Como devo? Como nego?

Delegado, Tarzan, Neguim Mateus

Embora seja eu o Júnior, foi levo quem levou o legado de ser reconhecido como o filho de nosso pai. Quem já ouviu falar em Neguinho do Gás? Mas agora me diga, do Valdemy Braga, meu pai, ou do Mateus Araújo Braga, meu irmão?

É meu povo INsano, de um único Neguim não se constitui a história de minha família e ele veio pra trazer literalmente gás e jovialidade à esta história.

O Neguim é marrento, invocado, teimoso, metido à ser o mais forte entre todos, mas nunca vi alguém conseguir tocar tão profundo o coração e risos de uma criança e um idoso como ele. A velharada pira em meu irmão.E é bonito de ver isto, por que para compreendê-lo você precisa ter coração puro e sensível, ele não compete as interpretações coloquias e medíocres. Tem que ter coração para sentir o coração dele que também pulsa, como o teu e o meu. A diferença é que ele sabe o valor que o dele tem e não o expõe como moeda de troca de efêmeras sentimentalidades. É objetivo e direto. É forte. É um homem e é menino.

Sim, um menino que mesmo aos mais de duas décadas de vida ainda se perde nos delírios dos video-games. Não compreendo. E tem mais, vocês precisam vê-lo assistindo televisão. Chaves! Sim, este sim parece ter as chaves das gargalhadas de Mateus, mas isto a Raquel sabe contar melhor. São sempre os dois, entre filmes e seriados. Não, a Raquel sabe contar muitas coisas melhor que eu. Por exemplo, quando o Delegado Mateus resolveu trocar o distintivo pela tanga do Tarzan e escalar a mangueira lá de casa. Caiu como manga podre no chão e lá vai Marilene e Neguim no desespero! Olhem as costas deles e verão as marcas do homem que voou. Estou rindo muito aqui. Como eu queria lembrar a música que Raquel cantava. Gente, esta minha irmã tem o dom INsano de musicalizar os nossos momentos. Minha família não é normal!

Na verdade, o meu irmão é o mais normal de todos nós. Tipo, malha, come, come, come, malha, dorme, come, come, dorme, trabalha, come, dorme, trabalha... Bem, agora troquem o "come" por "cervas" ao cubo. Entendeu?

Tantas histórias passeiam por minha mente, mas juro que tenho medo de contar certos detalhes da saga de meu irmão. Ele é de fato muito mais forte do que eu. Ou pelo menos pensa que é, né?

Bem, moleque... eu ia te deixar mais de cara aqui, mas resolvi te poupar dos tumultos de minhas INsanidades. Feliz aniversário, Teu. E o melhor da vida pra você, irmão! Me espere, pois estou chegando!

Lavínnia Araújo

Anjos tomam forma de crianças e como flores delicadas passeiam pela terra de nosso peito, perfumando o mais ríspido de nossa maturidade, que como pétalas se desprendem, desbotam e caiem pelo chão de nossa caminhada. Lavínnia como chuva serôdia chega neste fim de tarde, no3/4 de parte de uma sexta-feira 13 para acalentar com brilho e graça os nossos temores e medos. Vem menina, inocente e bela para falar de amor nas dissonâncias de seu choro.

Sua mãe, minha tia, irmã de minha mãe e filha de vó, minha doce Véia coroca, me foi de companhia nos crescimentos perpassando como  a menina dos olhos de meu pai. Era a queridinha dele. E era a minha irmã-de-leite. (Risos). Provinciano, não é?Mas do mesmo leite que me amamentou os ossos que hoje esboçam vida e insanidades a alimentou o corpo franzino e pequeno de uma menina de apenas seis meses de gestação. Lavínia? Não, ela veio ao seu tempo, veio pra fazer de sua mãe mulher e ser marco. Veio pra trazer outras cores num lar preto e branco. Veio tão branca como a neve, uma branca de neve que me faz sentir-me como um anão de um metro e setenta centímetros de estatura. Cabeluda. Menina. Princesa. 

Fico nesta distância de trezentos quilômetros imaginando as curvas que salientam sua face. O cheiro que a recobre como identidade. O choro que me embalaria os risos. Fico a imaginar logo os seus primeiros passos, gritos e pirraças. Fico a desenhá-la criança, menina e depois mulher que continuaria todas as histórias e canções que eu nunca aprendi a cantar. 

Lavínnia, que se seja a tua música neste dia, o amor de ser bem-vinda!

INsanos: Quebrando a regra em cinco parágrafos com Taynara Barcelos

Taynara Barcelos, estudante

Caros e respeitáveis INsanos e INsanas... para abrilhantar nossas parcerias e tumultuar o nosso Sanatório Poético, hoje eu convido uma das pessoas pela qual tenho eu, o maior respeito e admiração, tenho como sentido o seu potencial crítico, transparente e inteligentíssimo! Loira, linda, dos olhos verdes e fidelense da gema... Taynara Barcelos, se joga em nossas INsanidades e revela pra gente o que tem em tua mente não menos louca que a nossa. 

Mas de antemão agito: quem nunca teve a vontade de dizer estas belas e honestas palavras poetizada por ela? Eu? Sim, várias...

Primeiramente, não leve isso a sério.

Você sabe o quão sou contraditória

e o quanto tenho pensamentos embaçados,

Por que parou de colocá-los no lugar?

Vem cá, rapaz, não consegue ler isso?

Tá escrito "Me dá um abraço".

Tenho me sentido tão sozinha, 

sem contar os pensamentos ruins,

e você não tem direito de dizer que é bobagem.

Mas escuta, moço, você tá ignorando?

Porque eu já disse que sou contraditória.

Estou escrevendo isso imaginando como seria,

se eu fizesse o que jamais faria

e já me dá um aperto no peito.

Uma vontade de apagar essas linhas

e sair correndo pro seu abraço,

mesmo não sabendo onde ele está.

Que coisa mais mutável,

sinto-demais, sinto-de-menos 

e uma hora já não sinto.

E repito: A culpa é sua.

História INsana: Menina-mulher

Ando perambulando, observando o que já sei
Anos me despedindo, recolorindo os tons de gray
Panos de mil detalhes que nada falam de mim e ninguém
Banhos de sal e arruda que me desnuda de teu desdém

Forma que me reforma e te transforma em desigual
Borda que me transborda e te rebarba de água e sal
Passo que me transpassam e te repassam no banal
Veste que me reveste e te investe pau à pau

História INsana: Menina

Reclama do amor
clama por amor
e se aperta em seu peito
que poderia ser grande em si
você tem a vida em sua mão
e tem desta beleza apenas o desejo
de contar o suspirar
você tem uma vida em sua mão
abra mão de si deixe-a viver
ela já se sufoca entre teus dedos finos e meigos
tua mão chama por outra mão
a tocar em seus dedos
e apontar o rumo de si mesma
no ar que transita em seus pulmões
e simplesmente viver
viver uma nova história
escrita por quatro mãos
e dois corações que se fundem em um
e se fingem hoje no desconhecimento
dos traços que delineiam trajetórias
rompidas
antigas
amigas
menina, deixe o ar fluir em ti
deixe o ti fluir sem ar
deixe tua mão te fazer menina

Paixão de Cristo

Uma atitude mais doce que os aromas dos chocolates
Nem um gemido
Nenhuma resposta violenta
Apenas entrega e amor
Escreveu na cruz a mais sincera declaração de amor
Palavras que ardiam em seu coração
Em sintonias vivas
O Seu silêncio orquestrava a canção do amor
A mesma que embala os meus passos tímidos e desajeitados
A bela canção que tonaliza os meus suspiros, meus pulsares
Maior que a dor que o prendiam na cruz
Era o amor que da mesma O libertava
Mãos doces
Mãos firmes
Mãos furadas, marcadas que me tocou a alma
Marcadas pelos cravos
E hoje semeiam flores em meu peito
Antes fétido e pobre
Na aurora de hoje embriagado pelo vento de Seu perfume
Mais doce que minhas palavras insanas de paixão
É a tua paixão, meu Cristo

Dica INsana: O Canto das Írias

Nem só de loucuras vive o meu-nosso mundo INsano, tampouco nem só de chocolates a Páscoa... mas de toda manifestação artística em traduções das essências da vida. Assim sendo não posso deixar de compartilhar com todos, este grande evento que acontecerá neste fim de semana em nossa bela Cidade Poema. Caro, INsanos e INsanas, não podemos deixar de assistir ao espetáculo cênico, O Canto das Írias.

O texto preenchido de sensibilidade, inteligência e mitologia grega, foi assinado por Wilde Fábio dos Santos, consagrado na Comunidade católica Shalom, e o seu enredo mostra o processo de desfiguração do homem contemporâneo, que perdeu o sentido de sua vida e o significado do outro, tornando-se uma fera desfigurada de sua identidade. E não há assunto mais contemporâneo em discussão, do que o questionamento sobre identidade. Quem sou eu? Quem é o eu? Quem somos nós? E que canto nos seduz?

Ao ouvir rumores na cidade sobre o espetáculo algo de imediato me chamou  a atenção. O fato inusitado da apresentação acontecer fora das instalações da Igreja Matriz. Claro, que como um bom INsano, fui logo me inteirar... Qual foi a resposta? Hahahah, meus INsanos do coração, só indo para comprovar. O que posso dizer de antemão é que será um dos espetáculos mais lindos dos últimos tempos de nossa bela Poema! Eu não perco!

INsanos: Memórias Póstumas de 2011

Alany Mota, blogueira

Pra mim ela se apresenta como uma das fidelenses mais admirável, inteligente e por que não, ousada? Professora, bacharel em Direito, estudante de Pedagocia, comunicadora, locutora, visionária... enfim, mais uma INsana, que me inspira os mais reais e belos surtos de sinapses criativas. Como sou grato!!!

No fim do ano passado nos deu um susto ao sofrer junto com sua mãe um terrível acidente, mas assim como Fênix se reergueram e Alany, como já se podia esperar fez das dores e choros, lindas canções e histórias que nos musicalizam em poesias, crônicas, nos textos que nos dispõem no blog que assina, o APARTES 

( www.apartesalanymota.blogspot.com ).

INsanos e INsanas, hoje ela nos enlouquece com sua participação em meu-nosso mundo... Se joga, Alany Mota!!!

O alvorecer foi com um burburinho

Que percorreu ruas e praças

E chegou ao paço.

Logo transformou-se em notícia,

Muito embora de origem duvidosa.

Decorreram-se atitudes hostis

Próprias de um carrasco.

Muitos sucumbiram.

Uns por medo da miséria,

Outros por amor ao metal

E há os que por falta de decência.

As punições sobrevieram.

Houve gritos que logo foram abafados.

Deu-se o silêncio,

Momentâneo, pois era nutrido de intenções

E revoluções.

E o silêncio fez barulho.

Despertou desconfiança.

E os rumores lançaram-se às ruas

E dos becos saíram os ratos.

E o algoz prosseguiu...

Instaurou guerra,

Jurou vingança.

Houve a tragédia.

Os prédios em ruínas e a decadência ralhando

Entre escombros e pó.

Mas a fênix preparava-se para o voo,

Embora ferida, sabia que voltaria a voar.

Mentiras

Hoje é 01 de abril, o conhecido dia da Mentira e Os INsanidades em suas viagens mais louca e esquizofrênica conversa sobre as verdades que Valdemy faz de si, de sua raíz, sua terra...
E existe verdade? O que seria a verdade? Seria ela absoluta? Ou apenas uma projeção ego trip?

Bem, em torno do mês de abril em homenagem à São Fidélis que faz aniversário, estarei enlouquecidamente expondo meus amores, belezas, tristezas e frustrações com o meu berço. De fato, lavarei a alma com cada um de vocês, meus INsanos e INsanas.
Se preparem por que o escândalo está apenas começando e desta vez virei com muitos outros INsanos, fidelenses ou não.
Que a Ordem dos INsanos do Brasil não me julgue indecente, mas louco e dialogue comigo.
E quem foi que disse que minha cidade não existia?