sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Um cheiro italiano, um sentido português

Eu tenho tentado dormir esta noite, mas não encontro conforto no abraço de meu travesseiro.
Tenho tentado não fugir para as lembranças que me condenam maturação. Tenho tentado não rever os risos, mas agora a minha rua não tem roncos de carros pra me distrair e na minha cama o silêncio se faz. Nesta madrugada é o meu corpo que grita sussurrando o que nem sei se foi o fim. Há quem diga que eu poderia estar chorando e assim lavar minha alma, mas o espírito fugiu de mim e o que restou foram as carcaças em seu lugar. Tenho sentido que não sinto mais. Descobri que há algo morto em mim e esta putrefação cheira ao perfume importado que eu mais gosto. Tenho sentido que não faz mais sentido sentir estas notas de frescor italiano. Mas pra minha mente já nem adianta desenhar.
O meu corpo até ensaia suas dores, suas marcas, seus destino, e em meu leito carimbou sua dor. O meu corpo desfila a vagar. Devagar, caindo, sem andar.
Eu queria apenas dormir e perder as contas com os carneirinhos. Nesta noite eu queria sonhar e finalmente eu falaria português.

2 comentários:

  1. Seu blog é um sucesso!! Parabéns querido!

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  2. Agradecido... não posso dizer diferente do InMOdatual, neh.... ou fã das tuas orientações. Parabens!

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