Era para comemorar o seu aniversário que ele nos chamou. Feliz e sorridente orquestrou um banquete com as mais deliciosas iguarias para receber os seus e houve festa.
Naquele mesmo dia 24 de dezembro de alguns anos atrás, vi o seu coração se regozijar na satisfação de ter sua família reunida em prol unicamente de seus nascimentos, sim, nascimentos. Ele nascia todos os anos na mesma data, nascia todos os dias no mesmo exato momento. Nascia e morria, morria e escrevia nos seus as suas paixões e entregas. Ele escrevia histórias, era autor de vidas e outra vez ensaiou belo enredo e foi a mim que convidou a celebrar. Ele quis ser história em meus subtextos, quis se inspirar de mim. Quis apenas ser Jesus em minhas tramas. Logo eu que havia se esquecido das poesias infantis e dos desenhos em rabiscos. Com seu calor e sua graça relembrei uma cançãozinha que por diversas vezes ouvi meus pais cantarem. E em sua festa timidamente arrisquei "um parabéns pra você". Jesus chorou de muita alegria.
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