ela é sol no meu peito
o próprio dragão que São Jorge guerreou
eu também tentei não me queimar
me falhei em me amar
brinquei com fogo
ela é do rio o seu leito
o sabor da saudade que minha boca não beijou
você também tentou nada falar
e me encalhei em teus segredos deixar o calar
brinquei com fogo
me cala quando fala
me cala sem calor
atrapalha os ventos
sempre inventos do pavor
ele é só atitudes sem noção ou graça
declarações vazias, alimentos da azia da praça
o próprio Brasil escaldado no verão nas varandas
teu me prometes mata virgem, mas não andas
eu sou todo lembranças da vida que passa
poesia soletradas dos escuros que te interessa
mas te quero o bem tão quanto quero pra mim
e amanhã nosso fim será a degustação do fim
Desculpa, Shakespeare
se ousou eternizar histórias de amor
Romeo e Julieta morreram de amor
eu quero é viver de amar
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