ele viu partir quem ama
em cada passo inversamente proporcional
partia em si as expectativas do agora
esquartejando o riso acolhedor
envenenando a doçura que escandalizada
o leito do rio de suas risadas
que desenhara em sua alma
o colorido da face que se fez cinza
assim como céu outrora laranjado
as pernas não mais suplantavam a fé
e assas ainda não tinha carícias
pra nós estômago voarem
soluço discreto o risco fino no coração
sufocou em convexo o peito
que escalava a faringe
manteve-se pleno
assim como convinha a um imperador
assim como aquele que nunca assumiram um amar
guerreou consigo mesmo suas culpas
e se aniquilou no paralisar
um amante
tudo era bem
tudo está bem
tudo haveria de passar
mas e quando chora o peito o fel
vale a pena na insensibilidade dos outros
recolher o sabor e insípido gargalhar?
nesta vida solipsista só,
bem só me resta viver
pois quem por mim choraria o meu mal?
Nenhum comentário:
Postar um comentário