quarta-feira, 11 de junho de 2025

AFIXO

Beijei muitas bocas 
as quais não agraciavam seu nome
Corri entre o mar e docas
em todo vento do outono o esperar consome

me deito na pílula que apraz
me esqueço de mim, da paz
revivo discreto o fim
que todo começo espero 

vejo nas perfeições dos outros
a ânsia apolínea em sufoco
prefixo de amar entre muros
paredes, afixos inseguros

entregas são puros pores-de-sol
barganhas são sempre o prazer
por mim, recuso o sol
do raio distante é você 

nem todo sentir é sentimento
E os que inventei é sempre amar

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