sexta-feira, 16 de agosto de 2013

A porra é doce

Saudade
Salga o meu coração
Cor vermelha
Cora a minha emoção
Cora a dor
Cora o peito
Não tenho peito 
Para encarar
O tão caro
Tornou a ação 
De viver o são
E era apenas é
Ou nem foi
Quem fui
Foi eu
Cheio de primeira pessoa no plural
E singularizei
O peito
Que tive
Retive
Salgou
Com doce de açúcar da porra
Porrou o meu coração
Que de cor não conservou
Se fez servo da saudade
Que o sangrou de ais  
Sai saudade
Ainda tenho idade 
Para salvar o peito

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