Num único grito de silêncio ordenei que as duas prostitutas que fantasiavam a minha casa fossem embora. Num desesperado calar de minha dor revelei à mim a fragilidade que me corroía a alma. Eu chorei mais uma noite na lembrança de você. Eram elas que me restariam quando o nosso, ou meu amor se fosse com o esticar do tempo infiel, sem cheiro de jasmim, alegrim, ou Acquas de Gió.
Eu me lembro muito bem de Cauby que outrora cantara Conceição, agora fazia dos falsetes de "Como é grande o meu amor por você" a trilha sonora de minha despedida de mim, no meu mim que se tumultuou na esperança de você suspirando o nós, a sós.
E ainda vieram me lembrar do amor. Me falavam como se tivesse eu que esperar que aquelas sementes florescessem em ternuras e paixões. Mas eu sabia que você tinha a si, e isto te bastava. Tua beleza te sucumbia em você e eram as minhas sutilezas apenas bocados de faíscas ou cócegas de íntimo penar. Você tinha o mundo, tinha a vida e tem o calor de ser nobre. Teve o meu amor, teve meu fogo, e tem minha paixão. Foi o maior amor de toda minha pequena longa vida, foi o meu conto desencantado, com príncipe e sem reino real, como bobo-da-côrte e sem bruxas, das quais fiz eu mesmo o ministério e magia. Hoje não temos a nós, mas temos toda uma vida pela frente e nesta outros amores acontecerão e são neles que encontrarei você, mesmo ainda na dúvida se terei a mim. Ainda tenho paixão para toda uma vida.
Te amo, embora ensaia que nunca descobri o sentido de amar, mas amanhã, ah, amanhã vai ser outro dia e serás apenas uma paixonite que passou e tampouco calafrios deixou,tampouco sequelas. Te amo e hoje digo num apaixonado adeus!
Lindo... ;*
ResponderExcluirÉ bom te ter por aqui minha linda...
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