quinta-feira, 12 de julho de 2012

O HOMEM QUE AMEI: E que amei

Ele chegou e dissipou todas as sombras de frustração e medo que coloria em preto e branco o meu peito. Depois de fazer muitos planos eu esqueci até de meu nome e rasurei o meu sobrenome dos documentos de identificação. Dispensei as férias que havia dado ao meu coração e me empenhei novamente na labuta de amar. Até parece que estava tão desatualizada! Eu amei. Ele me amou. E o amor aconteceu. Mas já acabou!
Ele me amorou e eu o amorei também! Vivi em seus braços os mais fortes e apertados sentimentos e temperatura. O homem que amei se romanciou no homem que não esqueci. O homem que amei se fundiu entre os nódulos de naturalidades que descrevem os nossos dias e não resistiu aos avanços dos oceanos que seguem sem rumo inspirado pela lua que não nos ilumina. 
O homem que amei me conheceu de corpo, alma e espírito. Conheceu minhas dores, meus medos. O homem que amei amou os meus calos, o meu bico-de-papagaio, os refluxos e até mesmo o joanete que me perturba a caminhada. O homem que amei não amou o meu reflexo tingido em aquarela no espelho, ele apenas me amou e eu me entreguei como gota de chuva que se desprende das nuvens e toca viva o solo, maestrando o seu perfume que cantamos em nossas músicas. O homem que amei conheceu as palavras das canções que canto. E eu o cantei até a morte que nos separou.

Um comentário: