quarta-feira, 11 de julho de 2012

O HOMEM QUE AMEI: E que não amei

Ele chegou e se insinuou como que se um simples olhar atraente pudesse provocar em minhas vértebras alguma desconexão desconfortável, mas o que conseguia distribuir em meu corpo eram arrepios e frios que ministravam um calor do qual eu gostava de sentir e pôr lenha para queimar. Ele queria me aquecer, mas eu queria incendiar o nosso motel.
Homens se gabam entre conversa e outra dos beijos, apertos e afins que conquistaram em noites passadas. Mulheres gargalham das mentiras que contaram para construção destas mesmas fantasias que os suplantam virilidade. Eu? Eu vivo! Eu consumo! Eu amo, mesmo sem amar!
Ele chegou e se dispiu em mínimos detalhes e estes realhavam o medo que ele estupidamente escondia entre um aperto e outro que ensaiava em meu corpo. Tapas que não tapavam o meu libido. Beijos que não beijavam o meu coração. Gozo!
Fico a me perguntar da importância de ter um parque de diversões se não sabemos administrar um brinquedo apenas. Admisnistração é tudo na vida, até mesmo as desiquilibradas! A minha arte estava em calar as sonoridades de amor que ele teimavam em produzir em seus lábios. Eu não buscava o seu amor tampouco cria nas declarações do mesmo. Eu queria sexo e ele se traduzia em antagonia ao amor. Era fogo. Era incêncio. Brinquei com fogo e não me queimei, me inundei em águas que sozinha não saberia produzir.

"Não perca amanhã... o quarto e último capítulo de nossa série em conto: "O Homem que amei e que amei"

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