terça-feira, 5 de junho de 2012

Em soníferas teclas

INsanos e INsanas, esta é mais uma daquelas noites que me perco em meus pensamentos e sonhos, mesmo acordado pela insônia e ao conversar, via chat, com um querido amigo sobre sono, ervas e produção textual e irrigado à poucos e iniciais tons de vinho no paladar, mas uma INsanidade se produz... Boa noite, meus lindos e se joguem!!!


Tome e minha erva
E deixe o chá acalmar a tua respiração
As tuas palavras de secreto precisam sair doces e delicadas
Tão suave quanto o fino vinho que tomamos antes de dormir
Devore a minha calma e sacia a tua fome de fugir
E fique aqui
Sem tempo pra voltar
Ou voltas pro tempo não perder
Se permita perder no emarado de suas castrações
E tecle no meu corpo as memórias que te fogem as orientações que te denuncio de mim
E assinam as semelhanças que temos um no todos
Seja todo nestas horas que a insônia me rouba
Enquanto não faz o fermentado as minhas pupilas adormecerem
Seja ópio e narcótico alucinador
Seja o sonho que definharei logo que o meu eu me tomar
E tua presença se descrever nos meus risos sozinhos e insanos
Seja sem ser real, verbal, virtual ou lógico
Esteja analógico, manual, livre
No sono, no sonho e não me deixe dormir
Me perturbe
Me tube o raciocínio canalizado à ti
E eu desemboco em rios de conexões sensoriais
E então analfabeto e sem saber texto produzir
Me relate nas palavras mais corriqueiras de teu dia-dia
Elas revelaram as tuas sensibilidades
E então como cantiga de adormecer me repousarei sem você

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