segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Lá ri-se um monte

Na presença dela criam-se formiguinhas em meu estômago, fazendo-me rir ingênuo das faltas das coisas mais nobres. Eu pareço uma criança retardada que brinca todos os dias com o seu brinquedo novo que não envelhece com o passar das trocas das numerações de calçados.
Ela mora num mundo nobre e belo que só de fios de ouro são costurado os cabelos das bonecas, tão brancas quanto as nuvens em dias de sol, que só aquece a si mesmo. Não há dia, nem noite em teu reino, há vida que independe o tempo. É temperada, com um temporal de cristais de açúcar que caem do céu de algodão doce.
Lá ri saliente o cavalheiro encantado por tua beleza de donzela.
Lá ri satisfeita a flor do bosque em seu tom de aquarela em tinta óleo.
Lá ri sabiamente o trouxa que por último rir melhor. Ri-se de tristeza, de alegria, de verdade ou mentirinha. Ri de pétalas de flores. E dani-se os espinhos.
No mundo dela todos riem, até mesmo quando choram. No mundo dela se sonha e os sonhos costumam ser engraçados. Pelo menos os que se tem ela dançando. Lá se sonha em todas as línguas.
Ela é como um fogo que me aquece o inverno que às vezes o meu medo ou pequenez sopra congelando-me em pleno dia de verão, ela me lembra de viver até nos dias que viver é quase morto, ela me lembra de procurar os caminhos traçados pelo riso na minha face envelhecida e sorri. Ela me lembra da vida e das cores e quando eu erro é ela que o novo papel em branco põe à minha frente. Ela me escreve as histórias suas e são suas histórias que me riem ao me olhar, num amor racionalmente irracional.

Um comentário:

  1. meu nego, o que posso falar pra você? faltam palavras, mas sobram sentimentos!
    te amo demais, obrigada por tudo o que você é pra mim!

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