misturo meu drink com o cigarro
o vidro esfumaçado, o fumo como prece rota
e caminho, trêmulo, por vielas que ele devora.
agarro migalhas de versos dormindo,
quebram-se no ar seco da madrugada.
nas paredes cansadas repousa tua voz;
no silêncio ela reverbera Cazuza,
escama a foz dos meus ossos
palavras duras costuradas à minha pele.
desencontros banais,
mágoas fluem em canais,
risos carnais orquestramm ais.
bebo meu Dry Martini,
desprendo os disfarces da partitura:
armaduras que fingem me definir caem
braços abertos, nunca abertura
na realeza da dor que me impera
a espera pelo brinde ressoa com o gargalhar
espectros gentis da educação
Nenhum comentário:
Postar um comentário