quarta-feira, 24 de setembro de 2025

CANOA

rejeitei a luz do fim do túnel 
busquei a paz no meio ao caos
eu, tão resistente quanto um papel
lacrimejado em canoa sem paus

eu resisti ao medo, aos credos, aos dedos
insistindo em contrariar a razão 
fluindo em graça feito arvoredo
frutificando fé onde reinou solidão 

deixei o impossível se possibilitar
vendo o invisível acontecer
pra quem procura a cura é lar
na loucura de ação por no crer

eu vi nascer o sol 
na persistência de lutar
meio do túnel é arrebol
sobrenatural é acreditar

e vivi pra crer


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