Eu quero comer o amor
E como sobremesa degustar
O corpo, a tara, o espasmo
Não quero ser servido
De masturbações de abraços
Quero ser possuído pelo teu
Preciso de meus braços entrelaçados
Em outros braços
Ser apertado e virgem
Descoberta que trava a língua
Essa tal também terá teus laços feitos
Eu quero peito contra peito
Guerreando feroz
Se ofendendo entre batimentos
Na paz de uma abraço
Encaixando com perspicácia em outro tronco
Quero o meu sexo beijando o teu sexo
Seja pau
Seja vale
Seja encharcado e não seco
Necessito de encontros
De contos sussurrados no ouvido
Quero apoiar o meu queixo em teu ombro
E procurar teu ouvido
Ali, secreto, quero ministrar arrepios
E lentamente roçar minha barba
Na haste que sustenta firme tua cabeça
Quero pirar tua cabeça
Quero penetrar em tuas sentenças
Causar confusão
Caçar fusão
Casar com você
Mesmo que você seja só nessa noite
O amor
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