domingo, 9 de dezembro de 2012

E feito maconha

Não dita tua regra no certeza que regarei teus caprichos
Tampouco fale comigo como se estivéssemos trocando as cuecas
Eu não gosto de cuecas
Eu não admiro castrações, nem suportes
Eu deixo as minhas partes à parte 
Eu não negocio o meu prazer
Mas quanto você pagaria pelo meu peito?
Se é sofrer o amar, me proporcione risos
Me instigue segurar a barriga com minha respiração
Faça cócegas no lugar de onde deus te arrancou violentamente de mim
Excita o meu peito em movimentos circulares, apenas o bico
E feche o bico de tua arrogância
Cale-te
Não diga mais nada ou estragará o silêncio
Ele em instantes gritará as intenções que te negam
Eu sei
Não conheço tua mente, mas leio as rubricas que elas indicam em braile em tua pele
Pele branca, pele fina, pele doce, pele loira
Que em segundos não seguidos pela multidão atraca o meu couro negro
E eu gosto, eu sucumbo
Permito o teu corpo fundir ao meu
Admito teu cheiro entorpecer minha boca feito maconha
Intensa, meiga, delicada
Em belezas que se tangem e separam
Em esculturas que se desmoronam em fumaça liquefeitas de nós dois
Em uma única tragada de naturalidade seca




Um comentário:

  1. insanidades do val arrasando cada vez maaais..nem preciso dizer q sou sua fã né?!

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