domingo, 2 de dezembro de 2012

Simples assim

Eu espero que com paciência você me ensine não ver a hora passar
Quero ficar amarrotada com minhas experiências de simplicidades
E não me importar com as roupas que deixei de lavar e seguem sujas
As marcas que as tatuam escrevem as doses de vida que levei no corpo
E o meu corpo fala de minha alma menina e intrepidez
Grita de meu desespero e fome por vida
Não tenho o dom de ser esquelética, franzina, ser meio
Tenho a sina de ser intensa e insaciável de dia pós dias
Eu sou simples
Não complique os meus sons
Falo em sinfonias de gente, de carne, coração
Sou como terra seca e preciso de chuva
Mas as chuvas que me encharcam são chuvas tempestuosas
Eu gosto de tudo com intensidade
Gosto de vida que tenha vida e amo viver
Amo colorir os risos com gargalhadas
E os silêncios com rompimentos de euforia
Eu quero morrer cheia de tudo aquilo
De todos os sins e nãos reservados para minhas perguntas
Até as que eu não fiz e respondo
Sabe aquela pessoa que tem a constância de amar?
Esta sou eu, que corre louca pelas areias das praias
Sabe aquela pessoa que tem o tudo no sincero do nada?
Esta sou eu, que gargalha do simples pão dormido com margarina
E nem gosto de margarina
Apenas gosto do gosto de ser
Gosto de enlaço o tempo com as unhas
Sem administrá-lo controles
Espero que você tenha a urgência de me ensinar ver a hora passar
Por que senão, que me desculpe o tempo
Mas ele se cansará de minha infância que grita por mais tempo de ser feliz
Sou assim, simples assim

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