terça-feira, 6 de setembro de 2011

Quando Cândida amou

Foram cinco cigarros, duas tequilas, uma taça de vinho e algumas cervejas. Se embriagou do álcool e das nicotinas, mas não sentiu o vazio de seu peito ser preenchido. Chorou sozinha.
O seu mundo girou, perambulou e ela caiu na sarjeta das ruas da cidade de cima. Esta mais perto de deus, mas ele não tinha os seus ouvidos atentos aos seus gritos estridentes.
O sol escondeu os seus filhos dela. A lua ocultou de seu dragão o fogo. Até as nuvens dissiparam suas sombras. Eram dias de chuvas e ventos, seca e frio. Eram dias de estações fora de estação.
Cândida tinha o dom da solidão, do grito, do medo, das dores. Cândida tinha o dom nobre de amar. E Cândida amou.

3 comentários:

  1. Eu gostei!! =D Quanto tempo não lia um texto seu... que eu percebi quanto tempo eu perdi por não ter lido os anteriores!

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  2. Meu Deus... caramba. Os teus comentarios soam como um texto classico, sabe? Aqueles que todo mundo gosta e quer ler? Obg pelo incentivo sempre... Abços!

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  3. Leio todos, mas este tive que parar para comentar de tanta delicadeza e emoção. Muito bom, parabéns!

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