sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Eutanásia

Confesso que uma lágrima rolou em meu rosto nesta tarde. Ela não era salgada, era amarga e fria, carregada por sentimentalidades do mais íntimo de minha paz.
Eu senti alegria e dor. Felicidades e tristezas trançaram em meu peito suas tramas e sem dramas, sem mais nem menos vi romper o vento entre nós e nos despedimos no blasé do ignorar. Suicidamos-nos um ao outro, assassinamos o beijo, o abraço, respeito e todas as mais sublimes afetividades simples. Você prosseguiu, sorriu prum João alguém. E eu?
Ah, eu sepultei-me em mim e fiz flor em couve para alegrar o meu ar. Comi seco o meu doce predileto, no reclamar de está horrível, mas eram os meus lábios que amargavam fel.
Te mandei embora, embora não quisesse que fosse.
Te deixei deixar as mágoas, mas eram os sorrisos que esperava.
Te fiquei sorrindo, mas eram medos que em meu peito ardia feroz.
Te permiti voar.

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