domingo, 19 de dezembro de 2010

Sufoco de sobrevivência

Um mundo de emoções povoa minha mente. Sinapses de racionalidades ignorantes e tolas acusam minhas ingenuidades motoras. Saudades na ausênsia do se foi e nunca foi.
Se foi meu verão quando ainda era dezembro.
Se foi meu dia quando ainda era oito da noite.
Se foi meu riso e não vieram lágrimas. Se foi e eu não fui junto.
Fiquei acordado, no desejo de uma volta chegar e trazer os divertimentos de menino, as malandragens de menino, as travessuras, brincadeiras, trazer o lazer, trazer minhas terças e quintas. Acordei deste sonho no cansaço de esperar.
Despertei no impulso imediato de questionar à ausência se era tudo real ou um pesar de um sonho. Fria, como por natureza, ela não me beliscou, fez biópsia em minha epiderme.
A pele sangrou as lágrimas que secaram nas glândulas de meus olhos. Os meus olhos fixaram em miragens de paixão e se esqueceu de chorar. A minha alma sufocou-se no silêncio, mas eu sobrevivi.

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