terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Mais rápido que o vento

Como posso lhe prometer se voltarei se não sei para onde fluirá o vento?
Sobre o tempo, nossas definições são apenas meras suposições matemáticas, físicas, apenas previsões. Não posso prometer prever quem minha visão se estabelece no ato de ser agora. Sem pré-visões, sem pós-visões, sem visões sigo cego e certo que te encontrarei num destes montes que o vento faz a sua curva. Ele terá de voltar um dia e embaralhar os nossos cabelos da mesma forma que um dia fez. Terá de voltar e impulsionar os nossos balanços. Terá de voltar um dia ou um instante para despir as árvores das folhas e cobrir o nosso chão, ele vai cobrir o céu só para o nosso flutuar. O vento voltará a nos tocar um dia e mesmo que eu no fundo não creia, por ele esperarei e se demorar vou soprar meu ar quente sobre você e te aquecerei a memória. Se o vento não voltar, volto eu. E juro que volto mais rápido que o vento.

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