As conversas que me cercam tentam de toda maneira roubar minha distração pra si, mas minhas conexões se perdem em pluralidades de sinapses que violentamente me guiam à um mesmo fluir. Saudades do que se foi e nunca foi.
Desde sempre ensaiei este enredo de despedida, desde hoje apresento em meu quarto vazio minha pauta ovacionado em catarse de choros infantis, sufocado por um travesseiro de fronha azul quadriculada de branco, meigo, doce, e que assassina meus gritos frios e finos.
Limpo as lágrimas de meu rosto e me encontro com o teu cheiro em meu pulso numa imagem hipotética de que estivemos juntos e que você ficou em mim. O teu cheiro só calibra os batimentos de minha intenção e figura a distração de minha imaginação que me recordou você.
Enfim, nos intermédios do amanhecer o dia adormeci e vivi que tudo o que não havia em meu quarto de fato não havia, mas por um instante houve mais que um cheiro de perfume importado e eu fui exportado pra mim.
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